A guerra entre cartéis, o tráfico de droga. São armadilhas mortais e mexicanos aterrorizados com nova tática.
Culiacán, no México, está mergulhada no medo à medida que uma guerra brutal entre facções do cartel de droga se intensifica naquela cidade.
A nova tática causa o terror: homens armados do cartel confiscam os telemóveis das pessoas, para verificar contactos e mensagens. Qualquer ligação a um grupo rival pode resultar em morte imediata, execução.
E, depois da morte do dono do telemóvel, há uma sequência de raptos e assassinatos a pessoas que estavam na lista de contactos daquele telemóvel.
Agora os residentes daquela zona do México têm medo de sair de casa, mesmo durante o dia, alerta a CBS News.
Esta escalada de tensão e de violência surgiu há cerca de três meses, quando foram detidos nos EUA dois grandes barões da droga: Ismael “El Mayo” Zambada e Joaquín Guzmán López. Aí começou uma luta sangrenta pelo poder entre a facção de Zambada e os filhos de Joaquín “El Chapo” Guzmán, conhecidos como “Los Chapitos”.
Ao longo das últimas semanas, sobretudo desde o início de setembro, os crimes violentos acumulam-se e não há tendência para abrandarem.
O dia-a-dia em Culiacán passou a ser preenchidos com assassinatos, tiroteios, raptos, ou roubos de carros com recurso a arma. Em média há seis assassinatos e sete raptos…diariamente.
Em relação aos carros, os criminosos passaram a ser mais discretos: roubam carros mais pequenos em vez de SUVs, e usam pregos para furar os pneus, deixando os condutores mais vulneráveis ao rapto.
Centenas de famílias estão a fugir de casa. Restaurantes e empresas fecharam, as escolas também estão encerradas – os pais têm medo de levar os filhos à escola.