Há uma ligação surpreendente entre a orientação sexual e os rendimentos

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Olivier Hoffschir / Wikimedia

Um estudo recente investigou a teoria de que os níveis de hormonas sexuais presentes no feto podem desempenhar um papel na formação da atração sexual de um indivíduo mais tarde na vida.

Um novo estudo publicado na Evolutionary Psychology descobriu uma correlação surpreendente entre a orientação sexual de um indivíduo e os rendimentos económicos dos seus pais.

As razões que determinam a orientação sexual da população continuam a ser um mistério. A pesquisa explorou a possibilidade de que as hormonas sexuais a que o feto é exposto podem influenciar por que sexo(s) é que este se sente atraído mais tarde na vida.

Estudos anteriores já tinham analisado a possível ligação entre os rendimentos dos pais e as hormonas sexuais a que somos expostos ainda no útero — e este novo estudo expande esta possibilidade até à própria orientação sexual.

As conclusões mostram que a atração homossexual foi mais frequente (25%) em crianças do segmento de rendimentos mais baixos. No segmento ligeiramente acima, a frequência de pessoas que se sentem atraídas pelo mesmo sexo já era a mais baixa, escreve o SciTech Daily. Nos 25% da população mais ricos, a frequência de atração homossexual também era elevada.

“Estas novas descobertas sugerem que o alto estrogénio fetal é um fator tanto na atração masculina quanto feminina pelo mesmo sexo em filhos de pais de baixos rendimentos. Por outro lado, em crianças do sexo masculino e feminino de pais de altos rendimentos, a alta testosterona fetal pode estar ligada à atração pelo mesmo sexo”, explica o sociobiólogo Robert Trivers, co-autor do estudo.

Os autores especulam ainda que altos níveis de estrogénio fetal estão associados a papéis mais submissos nas relações homossexuais, enquanto que os níveis altos de testosterona pré-natal tem uma correlação com papéis mais dominantes nas relações.

Um estudo anterior publicado no ano passado também já tinha concluído que as mães com rendimentos mais baixos efeminizam os filhos no útero ao ajustarem as suas hormonas, enquanto que as mães de rendimentos mais altos masculinizam os seus filhos.

Esta pesquisa foi baseada na relação entre o comprimento dos dedos anelar e indicador — um anelar mais comprido indica exposição a mais testosterona pré-natal, um indicador mais comprimido sugere uma maior exposição a mais estrogénio.

ZAP //

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