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Líder do movimento pela Extinção da Espécie Humana no Porto

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O ativista norte-americano Les Knight, fundador do Movimento para a Extinção Voluntária da Espécie Humana, VHEMT, vai ser um dos oradores convidados do Fórum do Futuro, anunciou a Mala Voadora, parceira da organização.

A quarta edição do Fórum do Futuro, organizado pela Câmara Municipal do Porto, vai decorrer este ano em data a anunciar e contará com a presença do ativista Les Knight, que defende, através da organização que fundou em 1991, o fim da reprodução humana pela sustentabilidade do planeta.

Segundo o manifesto do Movimento, as condições e saúde da Terra melhorarão e a escassez de recursos desaparece se a Humanidade diminuir voluntariamente a sua população, de forma gradual, deixando de se reproduzir.

“Ninguém, nesta altura, consegue justificar a reprodução”, diz Les Knight.

“Solução radical? Se a espécie humana se extinguir, como muitas outras antes, não há problema. 250 mil espécies extinguem-se todos os anos por causa de nós, isso é que é radical. Apenas significa que a Terra tem uma hipótese de sobreviver”, defende Knight.

“Somos nós, ou milhões de outras espécies em vez de nós. Não estamos a falar de aumentar as mortes, mas de diminuir as mortes no planeta“, diz o líder do movimento,  que rejeita o título (“somos todos líderes”) e clarifica que não é o fundador do VHEMT. “Apenas lhe dei o nome”.

(dr) Inverse

“A extinção da Humanidade apenas significa que a Terra tem uma hipótese de sobreviver”

A participação do norte-americano no Fórum do Futuro está integrada na parceria da companhia de teatro portuense Mala Voadora com o fórum, onde será responsável por dois convidados, um ainda por anunciar, e pelo programa de arte Happy Together.

À agência Lusa, o encenador Jorge Andrade, fundador da Mala Voadora, explicou que “a participação de Knight é uma coincidência feliz“, uma vez que o tema da extinção humana voluntária também surge em “Amazónia”, espetáculo que a companhia vai colocar em cena de 09 a 19 de novembro no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa.

Nessa peça, que também será apresentada no Porto, um grupo de pessoas tenta fazer “uma telenovela sobre a causa ecológica, e no processo dão cabo da própria Amazónia”, chegando à conclusão que “a exterminação voluntária da espécie humana” é a melhor solução para diminuir o impacto sobre o planeta.

Em 2016, a terceira edição do Fórum do Futuro, de 01 a 06 de novembro, contou com 28 convidados internacionais, que discutiram o tema das “Ligações”, sendo que este ano o conceito orientador é “Terra Elétrica”, revelou a autarquia portuense no final da última edição.

ZAP // Lusa

15 Comments

    • Eu acho que o homem no fundo tem razão. Infelizmente fazemos parte de um tipo de animal que foi munido com grande sentido de sobrevivência.
      Mas em princípio não é preciso fazer nada. Basta aguardar um evento de extinção maciça ou a própria espécie, incapaz de tomar decisões importantes que ultrapassem a fronteira do ganho pessoal e directo, tomará conta do recado.

  1. Ele tem razão. Quem não concorda, como eu de resto, é simplesmente porque não lhe apetece morrer. Mas enfim… Ele tem razão. Eu não digo que a espécie humana tenha de ser extinta, mas a única solução para tal não acontecer mesmo contra a nossa própria vontade, é pararmos imediatamente de fazer a maioria dos disparates ecológicos que andamos a fazer e que matará em pouco tempo o planeta, levando-nos com ele semprecisarmos de nos suicidar. Ou ainda há quem pense que antes disso vamos conseguir colonizar outros planetas?.. Acordem prá vida!

    Uma dessas medidas é o controlo da população pelo controlo da natalidade. Não temos de nos esterilizar mas temos definitivamente de deixar de viver em negação. qualquer garoto com o quarto ano sabe que sendo o espaço da Terra limitado, a população não pode simplesmente continuar a aumentar indefinidamente. Muito menos a agredir o ambiente da maneira que agride. Isso é extinção humana por Hara-Kiri.

    • Curiosas reações: Acham que ele propõe que morramos por iniciativa própria? Não me parece. Contudo, das duas uma: ou acreditamos que a população tem tido crescimento a velocidade crescente ou decidimos negar. Não me apetece negar. Sendo verdade, só o problema de gerar alimentos (e água) tem mais tarde ou mais cedo de dar problemas quasi intratáveis. Daí até uma luta de vida ou de morte por alimento é um passinho. Mesmo com a Monsanto e afins a querer substituir tudo que se come por alimentos modificados, e até o arvoredo por arvoredo sintetizado, à prova de isto e daquilo.. (bom, mas para isso é preciso fazer desaparecer primeiro o arvoredo natural, como é que se há-de arranjar isso? Alguma ideia?) Se os terrenos pertencerem maioritariamente ao Estado, talvez seja fácil. O regabofe de terrenos nas mãos de pequenos privados tem de acabar. A bem do ..(quem será?) Não interessa.
      Nós cá auto-limitamos a nossa procriação (porque será?) e os “teóricos” do global dizem-nos que não há outra solução que não sugar para cá refugiados (monoreligião) ou lá como lhes chamam agora, para “compensar” na futura falta de impostos. Então em que ficamos? Afinal Não se pode viver com cada vez menos gente? Dizem que não. Então isto pode ser mais complicado… Deve ser impossível convencer as pessoas a procriar decentemente. Que pena. Só resta importar. Tudo menos velhos, claro.

  2. Bastante idiota porque muito limitado: não explora o fulcro da questão mas apenas um sintoma, que é o desastre ecológico. Ora o problema exige que se perceba bem todo o sistema e não apenas uma das suas “pontas”. A reprodução é a transmissão biológica da vida, a socialização é a transmissão da vida na relação e nas interacções humanas e tudo isto necessita da relação com o ambiente e as outras espécies (de que a economia é uma parte fundamental). Acabar com uma espécie é sempre uma forma simplista de (não) resolver o problema. Einstein terá afirmado que a solução para um problema deve ser a mais simples possível, mas não mais simples. Acho que esta proposta é mais simples do que a solução necessária, que é bastante mais complicada.

  3. É assim mesmo, em que zona do Porto ele esta mesmo? Vamos ver com ele se ele tem razao,se o espaco libertado por ele valer assim tanto a teoria, damos inicio ao movimento de limpeza dos movimentos inuteis e que so consomem recursos importantes, por exemplo para os javalis sedentos e esfomeados

  4. Que o planeta está superpovoado da espécie humana disso não há dúvidas e se de facto em vez de continuar a aumentar não houver um controlo para equilibrar a situação um dia isto chegará mesmo à extinção não apenas do ser humano mas de toda a vida sobre a terra, penso não ser necessário tanto radicalismo como este senhor aponta caso haja inteligência atempada para controlar a situação!.

  5. Penso que cada país deve regular a natalidade. Na China há excesso de população mas em Portugal há falta de crianças. Não quero dizer que o Governo devia obrigar as famílias a ter filhos mas sim dar mais apoios. A pessoa que numa casa é responsável por levar o lixo ao contentor tem noção que realmente uma família normal gera muito lixo que não tem solução barata ou não a tem sequer. Esses artigos que agora são lixo sem solução também prejudicaram o ambiente ao serem produzidos. Que fazer? Infelizmente a solução seria todos passarmos a viver como há 1000 anos atrás (sem plásticos, combustíveis fósseis, electrónica, indústrias transformadoras, meios de transporte poluidores, etc.). Como dizer isto?
    Quando acabar acabou…

  6. Para o bem da humanidade, e pelo que tenho passado nos últimos anos (com a possibilidade de “isto” vir a ser o futuro), talvez o senhor tenha razão.

  7. Amigo .
    Veio ao sítio certo.
    Portugal é um país onde nasce menos gente do aqueles que morrem.
    Portanto vem pregar ao sítio errado.

  8. Obviamente que a auto-extinção mesmo sendo solução nunca seria possível de colocar em prática.
    Mas é inegável que terá de existir uma redução da natalidade voluntária, não pelo “espaço” no planeta para albergar todas estes biliões de pessoas mas pelos recursos que o planeta já não consegue auto-regenerar para as sustentar.
    A grande questão que se coloca é como se consegue regular a redução da natalidade, quem é que decide quem pode procriar ou não, de que forma seria possível aplicar controlos de natalidade efectivos em países sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento?
    Um facto parece-me irrefutável, ou voluntariamente reduzimos a população do planeta, ou então a extinção da espécie humana será mesmo inevitável.

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