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Libelinhas podem ser a arma secreta na defesa contra os mísseis

ironammonite / Flickr

Uma libelinha da espécie Aeshna juncea

Mais especificamente, os cérebros das libelinhas operam de uma maniera que pode ajudar a tornar as nossas defesas anti-míssil mais rápidas e mais precisas.

De uma simples libelinha à defesa e armamento de um país é um enorme salto, mas cientistas parecem ter encontrado uma associação que poderá ajudar a tornar a nossa defesa contra mísseis mais eficiente. Os resultados da investigação serão apresentados esta semana na Conferência Internacional sobre Sistemas Neuromórficos.

As libelinhas existem há cerca de 325 milhões de anos e podem agradecer em grande parte à sua avançada capacidade para caçar presas, com uma taxa de sucesso de 95%, que faz da libelinha um dos insetos mais temidos no mundo animal.

O seu cérebro, pode aparentar ser bastante simples, mas é na verdade a razão do seu sucesso. Apesar de não ter noção de perspetiva, a libelinha não persegue as suas presas, mas sim calcula para onde elas vão voar para depois intercetá-las.

Frances Chance, cientista da Sandia National Laboratories e autora da investigação, replicou o cérebro do inseto num modelo computacional, que conseguia imitar o seu raciocínio. “Eu tento prever como os neurónios estão ligados no cérebro e entender que tipo de cálculos esses neurónios estão a fazer, com base no que sabemos sobre o comportamento do animal ou o que sabemos sobre as respostas neurais”, disse Chance.

De acordo com o New Atlas, a libelinha consegue reagir ao movimento da sua presa em apenas 50 milissegundos — seis vezes mais rápido do que um piscar de olhos.

Pelo contrário, as defesa anti-míssil demoram muito mais tempo a reagir, naquele que é um sistema altamente complexo. Caso os cientistas consigam replicar o cérebro da libelinha num algoritmo, podem aplicar na defesa contra os mísseis, tornando-a mais precisa e rápida, tal como os dotes de caça da “tira-olhos”.

Obviamente, a diferença entre a velocidade de um míssil e de um inseto é bastante díspar, mas mesmo que os cientistas não consigam aplicar a tecnologia nos anti-míssil, pode sempre ser usada para melhorar os veículos autónomos, por exemplo, ou então ajudar no desenvolvimento e teste de medicamentos.

ZAP //

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