Pedido de levantamento de imunidade parlamentar é “um pouco estranho”, diz Ventura

Mário Cruz / Lusa

André Ventura

O deputado único do Chega, André Ventura, considerou “um pouco estranho” que o Ministério Público (MP) tenha pedido o levantamento da sua imunidade parlamentar a propósito de um jantar-comício, nos arredores de Braga, durante a campanha presidencial de janeiro.

Segundo avançou a TVI na segunda-feira, citada pelo Expresso, em causa estará um crime de desobediência, podendo o levantamento da imunidade permitir constituir Ventura como arguido e interrogá-lo sobre o evento, que juntou 170 apoiantes em 450 metros quadrados, num salão sem ventilação nem distanciamento físico.

Em nota enviada ao Expresso, Ventura afirmou não ter ainda “conhecimento integral dos factos”, considerando “estranho” o procedimento, uma vez que é “sabido de todos que não é o candidato presidencial o responsável pela organização, logística e autorizações do evento”. “É, por isso, um pouco estranho que o tribunal, sem o ouvir, decida pedir o levantamento da imunidade”, conclui a nota.

Embora a candidatura tenha assegurado que o jantar cumpria as regras da Direção-Geral da Saúde (DGS), a entidade revelou que o parecer dado tinha sido negativo. A garantia de que o evento decorria de acordo com as regras foi dada por Rui Paulo Sousa, diretor da campanha presidencial de Ventura, membro da direção nacional do Chega, coordenador da Comissão de Ética do partido e candidato autárquico à Câmara de Castelo Branco.

Taísa Pagno //

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