O Sporting reconquistou hoje a Taça da Liga de futebol, ao vencer na final o Sporting de Braga, por 1-0, em Leiria, com um golo de Pedro Porro e enorme resistência durante a segunda parte.
O tiro do lateral direito espanhol, aos 41 minutos, foi uma exceção, numa final em que os dois treinadores foram expulsos na primeira parte, e Pedro Gonçalves a acabar, e o Sporting de Braga tudo fez para conseguir a igualdade.
O treinador do Sporting apostou em Jovane Cabral, que vestiu a capa de herói no jogo da meia-final frente ao FC Porto, ao assinar os dois golos da vitória e promoveu o regresso de Nuno Mendes à lateral esquerda, relativamente ao jogo de quarta-feira.
O Sporting de Braga apresentou-se com o mesmo onze que derrotou o Benfica, na quinta-feira, ainda sem Paulinho, remetido ao banco de suplentes, com Abel Ruiz no centro do ataque.
Com um relvado pesado, devido à chuva intensa, a primeira parte do jogo foi exigente fisicamente, dividida a meio-campo, fruto de passes imperfeitos e um sem número de duelos duros, muitos deles faltosos.
O Sporting foi o primeiro a ameaçar a baliza adversária, logo aos três minutos, com um remate de fora da área de João Mário, tendo o Sporting de Braga respondido, aos seis, com um livre de Sequeira, da esquerda, para um corte incompleto de Feddal e um ressalto em Coates, que acabou por sobrar para Adán.
A chuva ofuscava a qualidade técnica e os lançamentos longos pareciam ser a opção mais eficaz para alimentar os ataques, como ocorreu aos 26 minutos, por duas vezes, pela direita, com cruzamentos de Ricardo Esgaio para a área leonina, o primeiro sem que Abel Ruiz conseguisse finalizar e, depois, o segundo, para um desvio de Adán para canto.
Aos 33 minutos, os treinadores das duas equipas foram expulsos pelo árbitro Tiago Martins, por indicação do assistente André Campos, depois de um lance em que o lateral Sequeira carregou em falta Tiago Tomás.
Foi já com Carlos Carvalhal e Rúben Amorim na bancada, cuja expulsão, reincidente, o deve afastar dos próximos jogos, nomeadamente do dérbi com o Benfica, que o Sporting chegou à vantagem, aos 41 minutos.
Novamente, um passe longo, na cobrança de uma falta ainda no meio-campo do Sporting, de Gonçalo Inácio, que, juntamente com a simulação de Tiago Tomás, surpreendeu Sequeira e David Carmo, permitindo a entrada do lateral Pedro Porro, que bateu Matheus, com um remate forte e cruzado.
O Sporting terminou a primeira parte por cima, com Pedro Gonçalves, a solo, a fintar a defensiva ‘arsenalista’, mas a concluir a jogada com um remate fraco, para as mãos do guarda-redes.
Na segunda parte, já sem chuva, mas ainda com o relvado ensopado, o Sporting até podia ter ampliado a vantagem, aos 65 minutos, mas Matheus defendeu o remate de Pedro Gonçalves, que aproveitou a reposição de Adán, beneficiando de um corte imperfeito de Al Musrati para ficar na ‘cara’ do guarda-redes bracarense.
Até ao fim, assistiu-se à resistência do Sporting à reação bracarense, muito dinamizada pela entrada em jogo de Iuri Medeiros, que rendeu Castro e se colou à ala direita, desviando Ricardo Horta para o centro, permitindo tiros ao antigo extremo leonino, aos 65 e 69 minutos.
Paulinho, que foi aposta para a segunda parte, substituindo Ruiz, tal como, no lado contrário, Nuno Santos, para o lugar de Jovane, superiorizou-se à defensiva ‘verde e branca’, após passe de Ricardo Horta, mas acertou, com estrondo, na trave, aos 71.
Já nos últimos 10 minutos, Al Musrati, com um remate ao lado, e, novamente Iuri Medeiros, num lance em que Ricardo Esgaio ainda introduziu a bola na baliza leonina, mas estava em posição irregular, mantinham as esperanças minhotas, enquanto, Sporar não conseguiu melhor do que acertar no guarda-redes bracarense, na sequência de um passe de Matheus Nunes.
A insistência do Sporting de Braga remeteu, ainda mais, o Sporting para a sua defensiva, mas não conseguiu melhor do que um tiro de João Novais, aos 90+7 minutos, para uma defesa apertada de Adán, já depois de Pedro Gonçalves ter sido expulso, com cartão vermelho direto.
Na sua quinta final, o Sporting somou o terceiro triunfo na competição, e o estatuto criado pela Liga de clubes de campeão de inverno, pela terceira vez, a primeira sem recurso ao desempate através de grandes penalidades, depois das conquistas de 2017/18 e 2018/19.
Rúben Amorim voltou a erguer o troféu, depois de o ter conquistado na época passada, então ao comando do Sporting de Braga.
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