O leão soma e segue! O Sporting continua intratável e na noite desta terça-feira desfez mais uma presa.
No frio da Áustria, a turma leonina voltou a ser voraz, exibiu-se a um belo nível e rubricou uma exibição personalizada, consistente e adulta.
Nuno Santos inaugurou a contenda ainda na primeira parte e no reatamento Gyökeres, o suspeito do costume, voltou a picar o ponto e confirmou a segunda vitória dos campeões nacionais em três jornadas nesta nova Liga dos Campeões.
Os líderes da Liga da Áustria continua sem somar pontos e apenas na fase final deram alguma luta à equipa de Rúben Amorim.
O Sporting surgiu na Áustria com o melhor traje para as grandes noites europeias. Atrevido, o “leão” assumiu o comando da cerimónia, não escorregou num piso irregular, ditou o ritmo e fez o que quis do opositor, principalmente na primeira meia-hora.
O golo de Nuno Santos não apanhou ninguém desprevenido e apenas deu expressão do domínio dos campeões lusos, que já tinha ameaçado a festa aos 16′ por intermédio de Viktor Gyökeres.
Instantes após o tiro do “Eminem” de Alcochete, o goleador sueco ficou perto do golo. Do lado austríaco, William Boving (30′) foi o único a ripostar.
Entre a espada e a parede, os campeões austríacos entraram com tudo em busca do prejuízo, subiram o bloco, assumiram mais a gestão da posse de bola, criando alguns calafrios na área leonina. No entanto, concediam imenso espaço nas costas, o que é uma espécie de mel para este “leão” que tem uma gazela sueca no ataque.
Ao minuto 53′, Debast, qual “maestro”, cortou um ataque e, de seguida, abriu o caminho para Viktor Gyökeres disparar e dilatar a vantagem portuguesa.
O Sturm não desistiu, obrigou Franco Israel e o sector mais recuado dos sportinguistas a mostrarem serviço.
Na área oposta, o Sporting foi perdulário nas inúmeras ocasiões que deteve para ampliar o “score”, mas alcançou um excelente triunfo e continua sem derrotas nesta nova edição da prova milionária.
O Jogo em 5 Factos
1. “Rei” dos passes longos
Debast foi subindo de produção com a passagem dos minutos. Além da excelente assistência que assinou para o 0-2 final, acertou 11 passes longos em 14 tentados, um novo máximo nesta edição da prova.
2. Mandão
O “leão” foi mandão. A equipa de Rúben Amorim dominou o encontro, tendo terminado com 30 acções com a bola na área adversária, mais dez do que o adversário, tendo coleccionado ainda 59% da posse de bola.
3. Domínio “verde-e-branco”
Até ao segundo golo, o Sporting esteve irrepreensível. Acabou o jogo com 15 remates, cinco dos quais enquadrados, três ocasiões flagrantes registadas e 1,5 no que diz respeito aos golos esperados (xG). Por sua vez, o Sturm Graz registou 11 remates (seis no alvo) e 0,7 no que concerne aos golos esperados.
4. Passes arriscados
O estado do terreno poderá explicar, mas nem por isso iliba uma das poucas lacunas dos sportinguistas na noite desta terça-feira. Foram 25 os passes de risco falhados, contra os nove do opositor.
5. Progressivos
É uma das armas dos campeões portugueses e voltou a ser explorado na Áustria. A equipa de Amorim acumulou 57 passes progressivos e 11 super progressivos.
Melhor em Campo
O que mais poderemos escrever sobre Viktor Gyökeres? A “locomotiva” sueca voltou a ser inspirada e foi determinante no êxito do Sporting.
Destacou-se com seis remates (recorde no jogo), um golo, uma assistência, recebeu 21 passes progressivos (igualando Luuk de Jong contra o… Sporting), carimbou 41 acções com a bola, 15 das quais na área adversária (mais um máximo).
Foram quatro as conduções progressivas, duas as super progressivas, sofreu três desarmes e desperdiçou uma ocasião flagrante. Foi o MVP com um rating de 8.1.
Resumo
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