Teresa Suarez / EPA

Marine Le Pen
“A nossa batalha será como a sua, pacífica e democrática, e podemos dizer que o exemplo vem de Martin Luther King, que falou dos direitos civis. E são os direitos dos franceses que estão a ser postos em causa”.
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, impedida de se candidatar à presidência em 2027 devido a condenação por corrupção, disse este domingo que não vai desistir e denunciou as “mentiras, calúnias e falsos julgamentos” a que foi submetida.
Perante vários milhares de apoiantes reunidos na praça parisiense Vauban, junto aos Inválidos, Le Pen denunciou uma perseguição judicial, tal como outros líderes de extrema-direita, entre os quais citou o vice-presidente do governo italiano, Matteo Salvini, mas também André Ventura, com quem diz partilhar estatuto de vítima de manipulação.
Ventura foi dos poucos líderes de extrema-direita que não se mostrou solidário com Marine Le Pen, condenada a prisão, dois anos com pulseira eletrónica. Comparou a líder histórica francesa ao primeiro-ministro Luís Montenegro.
“Não é pior” o caso de Le Pen do que o caso do primeiro-ministro português (…) a justiça francesa já o teria algemado e levado para uma prisão em Paris”, disse o líder do Chega.
Le Pen chamou ainda o ativista Martin Luther King para denunciar a injustiça que vê na sua situação.
“A nossa batalha será como a sua (Salvini), pacífica e democrática, e podemos dizer que o exemplo vem de Martin Luther King, que falou dos direitos civis. E são os direitos dos franceses que estão a ser postos em causa”, afirmou Le Pen. E chamou o ativista Martin Luther King para comparar a sua situação.
“O ataque é muito violento e afeta todo o povo francês. Não é apenas o meu futuro que está em jogo, mas o do país, do povo francês, que não poderá eleger ou votar num candidato que deseja para dirigir o nosso país, uma vez que eu já era a favorita nas eleições presidenciais anteriores”, disse.
“Não foi uma decisão da justiça, foi uma decisão política”, disse a dirigente, entre aplausos de militantes e simpatizantes do partido União Nacional (RN, na sigla em francês), numa manifestação de apoio após a sua condenação por desvio de fundos europeus, que a tornou inelegível para cargos públicos durante cinco anos.
A ação foi convocada pelo atual líder do partido, Jordan Bardella, que encorajou a extrema-direita a sair à rua para protestar contra a decisão judicial, que também condenou Le Pen a quatro anos de prisão (dois dos quais de pena efetiva, atenuados para uso de pulseira eletrónica).
Parte da oposição francesa classificou esta manifestação como um protesto contra a independência do poder judicial em França, um princípio que constitui um dos pilares da democracia.
Nas vésperas do protesto, uma sondagem revelou que quase metade dos franceses (49%), um aumento de sete pontos percentuais num mês, quer que Marine Le Pen seja candidata às próximas eleições presidenciais, em 2027.
ZAP // Lusa
Os 49% dos franceses, que querem Marine Le Pen, fazem lembrar os apoiantes de Trump, só falta mesmo é o assalto ao Eliseu. Por este andar, teríamos em breve uma autocracia implantada no centro da Europa! Julgava os franceses um povo mais iluminado! O Ventura é um ingrato!
Le Pen está desesperada, para uma racista evocar Martin Luther King Jr. Ela também se comparou ao Navalvy, opositor morto por Putin, ora, este Putin que financia seu partido extremista-direita.