O lançamento do Angosat, primeiro satélite angolano, voltou a ser adiado, agora para 2017, noticia hoje o diário estatal Jornal de Angola.
O jornal cita declarações do ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, feitas recentemente em Moscovo, no final de um encontro com o homólogo russo, Sergey Lavrov, por ocasião da visita oficial que efetuou à Rússia.
“O ministro angolano lembrou ser necessário criar estruturas tecnológicas no país antes da concretização do projeto, o que apenas pode verificar-se ao longo dos próximos 36 meses”, escreve o Jornal de Angola.
O anúncio de Chikoti representa o segundo adiamento.
O primeiro foi anunciado em Luanda, em agosto de 2013, à margem de um fórum de negócios Angola/Rússia pelo embaixador russo em Luanda, Dmitri Lobach, que anunciou 2016 como ano de lançamento.
Na ocasião, Lobach anunciou ainda a libertação do financiamento necessário, 37 mil milhões de kuanzas (286,2 milhões de euros), pelo banco público russo Ruseximbank, para o arranque da construção do Angosat.
Projeto a cargo de um consórcio russo e com lançamento inicialmente previsto para 2015, o primeiro adiamento deveu-se ao atraso no seu financiamento, anunciado originalmente em dezembro de 2012.
Em dezembro de 2012, o financiamento russo foi anunciado como sendo da responsabilidade dos bancos Ruseximbank e VTB.
A construção do Angosat está a cargo de um consórcio russo liderado pela RSC.
Com a entrada em funcionamento deste satélite, Angola vai fornecer serviços de suporte às telecomunicações eletrónicas, incluindo a prestação de serviços em banda larga e de televisão.
O Angosat terá um período de vida de 15 anos e possui 22 “transponders”, dispositivos de comunicação eletrónica, e o projeto inclui a criação de duas estações de rastreio, em Angola e na Rússia.
Na cerimónia formal de lançamento das obras, em dezembro de 2012, o secretário de Estado angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Alcides Safeca, disse que o Angosat marca a entrada de Angola “numa nova era das telecomunicações, o que pressupõe a condução de um programa espacial que inclua, futuramente, o lançamento de satélites subsequentes”.
“Estas estações permitem uma intervenção russa no controlo e comando do satélite, sempre que se mostre necessário, enquanto Angola cria autonomia neste domínio”, disse então Alcides Safeca, acrescentando que o Angosat vai ter uma utilização de 99,2% da capacidade prevista.
/Lusa
Esqueceram-se de pagar a GASOSA 🙂