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Arqueólogos encontraram lamas enterrados vivos pelos Incas no Peru

Arqueólogos encontraram, no Peru, restos mortais mumificados de cinco lamas que foram enterrados vivos pelos deuses Incas há cerca de 500 anos.

De acordo com o site Live Science, os lamas mumificadas ainda estão adornadas com os cordões coloridos, a tinta vermelha e as penas com que os Inca as decoraram, tendo sido provavelmente enterradas vivas.

A equipa de arqueólogos encontrou os animais em Tambo Viejo, um sítio arqueológico no Peru, em 2018. A datação por radiocarbono indicou que foram sacrificados por volta do ano 1500, ou perto do fim da ocupação Inca neste local.

“Os lamas foram enterradas voltadas para leste”, provavelmente porque o Sol, que nasce desse lado, era uma divindade Inca importante, observou Lidio Valdez, o investigador responsável pela pesquisa e professor assistente adjunto do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade de Calgary, no Canadá.

Segundo o mesmo site, estes sacrifícios não só homenageavam os deuses, que os Incas associavam a colheitas bem-sucedidas, rebanhos saudáveis e vitórias na guerra, mas também podem ter tornado o seu Império popular entre a cultura local, porque os sacrifícios eram acompanhados de uma grande festa.

“Os sacrifícios faziam parte de celebrações muito maiores que incluíam a partilha de comida e bebida, tudo patrocinado pelo Estado”, acrescenta Valdez, explicando que esta era uma boa estratégia que permitia aos Incas cimentar alianças políticas duradouras e relações recíprocas com os povos recém-conquistados”.

Arqueólogos já tinham encontrado outros locais Incas com sacrifícios animais e humanos, mas esta descoberta é uma das mais bem preservadas, declarou Susan deFrance, professora de Antropologia da Universidade da Flórida, que não esteve envolvida no novo estudo publicado, a 22 de outubro, na revista científica Antiquity.

Outras descobertas não são tão “completas, nem tão bonitas como esta, na qual é possível dizer a cor da pelagem e todo o material que contém. Isso é bastante raro”, diz.

ZAP //

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