Indochina Francesa, Singapura e Malaya. Lai Tek nasceu no Vietname mas tornou-se famoso em muitos outros locais.
Em tempos de guerra, recorda-se um espião famoso. Que era fiel num lado, fiel no outro e fiel ainda em mais um sítio. Lai Tek (Phạm Văn Đắc seria o seu nome) nasceu no Vietname mas tornou-se famoso em muitos outros locais.
O jornal Smithsonian lembra o agente secreto que nasceu há cerca de 120 anos e que trabalhou para a França na colónia francesa Indochina (hoje Vietname, Camboja e Laos), depois tornou-se agente duplo a trabalhar para o Reino Unido, em Singapura e na Malaya (hoje Malásia, independente), e para o Japão ao mesmo tempo.
A sua prioridade nessas colónias era impedir o crescimento dos comunistas locais. Mas, mais tarde, virou outra vez de lado quando trabalhou para o Japão durante a II Guerra Mundial.
Um viciado nestes “jogos políticos”, foi dado como morto em mais do que um local. Mas continuava vivo e ia trabalhar para outro lado e para outro país.
O maior “traidor de todos os traidores” viveu também na China, na Rússia. Era comunista quando dava jeito, era anti-comunista quando dava jeito.
No meio de muitas dúvidas sobre o que realmente estava a fazer em cada etapa da sua vida, o facto é que os serviços de espionagem de Lai Tek marcaram o panorama geopolítico na zona do Sudeste Asiático.
Terá sido fundamental no “travão” do espírito comunista nas regiões de Camboja e Laos, tendo contribuído para uma transferência pacífica de poderes dos britânicos para os locais.
E há um “pormenor”: o agente que travou o crescimento do comunismo foi líder do Partido Comunista da Malaya durante oito anos.
Chegou ao partido em 1934, como agente infiltrado do Reino Unido. Em 1939 já era líder dos comunistas.
Durante a II Guerra Mundial os japoneses executaram muitos comunistas mas Lai Tek saiu em liberdade – teria estabelecido um acordo e iria trabalhar como agente secreto para o Japão. Isto enquanto seria espião para os britânicos (que só souberam deste acordo depois da guerra) e já depois de ter espiado para os franceses.
Já tinha conseguido algo semelhante uns anos antes. Foi preso em 1925, por pertencer ao Partido Comunista da Indochina, mas conseguiu que as autoridades francesas o libertassem depois de ter garantido que lhes ia transmitir informações enquanto infiltrado.
Voltando a Malaya, pouco depois dessa libertação, ainda em 1942, reuniu todos os membros do Comité Central do partido numa cave. O local foi atacado pelas forças japonesas. Lai Tek não apareceu na reunião; disse que o seu carro tinha avariado.
Continuou a liderar o partido comunista até 1947. Nessa altura (13 anos depois da sua chegada) as dúvidas à volta de Lai Tek acumularam-se. Peculato, desvio de fundos para negócios secretos, traição.
Lai Tek encheu uma mala com quase todo o dinheiro do partido – um milhão de dólares – e desapareceu.
Passados poucos meses foi estrangulado pelos membros do próprio Partido Comunista de Malaya.
Também os temos por cá…. Negoceiam com o PSD, fazem acordos com o PCP, PEV, BE, PAN…
Enfim, o Lai Tek deixou escola e aprendizes lá na Ásia que depois vieram a chefiar governos na Europa Ocidental…
Que tem o cu a ver com as calças ? oh ressabiado.
Após estes meses a seguir ás eleições ainda choras?
Ah já agora, depois de teres deixado o teu partido (falido), qual o que escolhes-te agora?