/

“Não as podemos aliviar”. Lagarde corta asas a famílias portuguesas e desliga bazuca

26

Friedemann Vogel / EPA

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, diz que não pode aliviar as famílias portuguesas, já que a prioridade é o combate contra à inflação.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu subir as três taxas de juro diretoras em 25 pontos base, um abrandamento em relação aos aumentos anteriores.

No comunicado divulgado após a sua reunião de política monetária, o BCE refere que “a inflação ainda está bastante elevada”, apesar de ter recuado nos últimos meses.

O BCE começou a subir as suas taxas de juro em julho do ano passado, tendo aprovado anteriormente vários aumentos de 50 e de 75 pontos base.

As decisões futuras do BCE “garantirão que as taxas de juro ficam em níveis suficientemente restritivos para permitir um regresso rápido da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo”, indica o texto.

Por sua vez, o programa APP (Asset Purchase Programme), tido como a maior bazuca de dinheiro barato, será desligado em julho, de acordo com o Dinheiro Vivo. O programa foi lançado para combater de forma mais musculada a crise que ainda pairava sobre a zona euro, no final de 2014.

Além disso, o BCE também exigiu aos governos que “suprimam já” os apoios públicos no campo da energia, porque ameaçam “intensificar as pressões inflacionistas”.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, também mencionou diretamente as famílias portuguesas, enviando uma mensagem de que terão de se aguentar. A prioridade, segundo Lagarde, é o combate contra a inflação.

“Claro que estamos cientes que há famílias que contrataram empréstimos a taxas variáveis”, começou por dizer Lagarde. “Em países como Finlândia, Portugal, Espanha, é verdade que algumas famílias estão a sofrer, porque os reembolsos [amortizações e juros] que têm de honrar junto dos bancos subiram em resultado das nossas decisões em aumentar as taxas de juro diretoras”.

“Isto é algo que nós, infelizmente, não podemos aliviar ou atenuar, porque a nossa tarefa é alcançar a estabilidade de preços e reduzir a inflação”, acrescentou. “A nossa tarefa é reduzir a inflação e para isso temos de usar as taxas de juro”.

ZAP //

26 Comments

  1. A ideia, é claro, é tirar algum dinheiro que o povo já ia tendo, e entregá-lo àqueles que sempre nos exploraram. É assim que se contem a inflação. Tirar o pão da boca de uns para engordar ao máximo os grandes grupos econômicos.

  2. realmente as Sanções fizeram bastante efeito . E Ainda ai vêm mais. Como dizia Ulrich ..Se o Povo aguenta? Ai aguenta aguenta kkkkkkkk

  3. Ladroagem residente do costume!!! A engordar sempre os mesmos… Queria ver essa senhora governar a vida dela com 750 €… infelizmente o mal já vem de trás… O país e os governos sucessivos deixaram se vender!!! Perdendo cada vez mais a soberania deste Portugal… E porquê? Porque o dinheiro que vem para este país é desviado em trocas e baldrocas para servir sempre os mesmos!!! Depois o trabalhador comum é que tem que pagar os desvios… Limpeza radical neste país já… É só charlatões desde o 25 de abril… Cheira a mofo!!! Limpeza neste país já!!!

    • Pena é que à verdade de ENGORDAR SEMPRE OS MESMOS (vidé, por exemplo, o enorme aumento dos Lucros dos Distribuidores da Energia que os Contribuintes Pagam… E MUITAS MAIS MANEIRAS DE ESBANJAR DINHEIRO PÚBLICO FICANDO A FALTAR PARA O ESSENCIAL; MAS ISSO É MÁ GESTÃO PREMEDITADA) junte o pouco discernimento de desejar que seja a Lagarde a viver com 750 €, quando a culpa de se deixarem vender, dos esbanjamentos, dos baixos salários, da perda de soberania seja inteiramente atribuível aos sucessivos governos, como muito bem refere.
      ENTÃO PARA QUÊ MISTURAR LAGARDE COM A MÁ GESTÃO POLÍTICA/GOVERNATIVA PORTUGUESA?

  4. Lagarde de nada, deu uma mão cheia de nada! Está atirar areia para os olhos, porque só lhe interessa os Bancos e grupos económicos, famílias ou povo não lhe interessa e diz isso à boca cheia. Lagarde nada, mais uma figura irascível de politiquice europeia, que não olha a meios de prejudicar os povos.

  5. Essa dai tem muito a dizer aos portugueses! Deve ter acumulado alguns milhões e a subida de juros a deixa cada dia mais rica! Ela quer que se danem as famílias

  6. Todos os comentadores caem no mesmo erro. Não percebem que a inflação é má, mas ainda é pior para quem vive de curtos rendimentos.
    Quem tem propriedades, imóveis, etc até pode sair beneficiado da inflação. Os seus ativos aumentarão de valor. De igual modo, quem tem negócios que vejam os seus preços de venda inflacionados, mantendo a mesma margem, terá maiores lucros absolutos (50% de 100 é mais do que 50% de 50). Neste processo até o Estado português encaixou mais quase 7 mil milhões em receitas fiscais adicionais.
    Quem apenas vive de um parco rendimento mensal e não tem ativos tem um problema: todos os meses o seu rendimento compra menos bens e serviços. Desse modo , o controlo da inflação é sobretudo importante para evitar que rendimentos já reduzidos sejam ainda mais encurtados pelo aumento do nível geral dos preços. O combate à inflação é fundamental para quem tem pouco. Por isso não batam na senhora que ela está correta, como qualquer economista vos dirá.

    • De acordo. As pessoas não entendem a inflação. Mas a origem do problema foi quem é que fez a inflação disparar ? Os bancos centrais a criar dinheiro a partir do nada para empurrar com a barriga a paragem da economia causada em primeiro lugar pelas regulamentações excessivas que minam a confiança dos agentes económicos e também a pandemia. Se tivessem deixado os bancos falir, hoje não teríamos todos a pagar por alguns pecadores e pior, os que fizeram asneira, não sofreram o castigo, por isso irão repetir no futuro e não aprendemos nada

      • O que provocou a inflação foi essencialmente o aumento do custo da energia (combustíveis e gás) como resultado da guerra da Ucrânia.
        Quanto ao “Marra aí” está corretíssimo na análise que faz. Efetivamente a inflação tende ser mais nefasta para quem tem rendimentos fixos e reduzidos. Essas pessoas são mais penalizadas.

      • Já antes estavam a aumentar e muito! Isso é treta destes alarves que empobrecer os ocidentais com uma desculpa qualquer! Antes eram as alterações climáticas, que parece acontecer apenas no Ocidente, depois, foi o esgotamento dos recursos do planeta, uma vez mais só acontece no Ocidente! Agora é desculpa esfarrapada da guerra! Com se antes dos anos 2000 não tivéssemos vivido sem petróleo ou gás russo sem problema algum! No caso português, cujas compras eram marginais esse discurso ainda menos sentido faz! è como o “paleio” de se ter tudo fabricado na China,pertenço a uma geração que vivia e tinha de tudo o que era possível à data, muito acima do restante Mundo e praticamente tudo era fabricado no Ocidente! Achina não nos fazia falta alguma! Hoje, neste últimos 20 anos parece que não podemos fabricar nada fora desse país; ficamos estúpidos de repente! Os preços dos produtos não baixaram pelo contrário, bem como a duração e fiabilidade dos mesmos tornaram-se uma problema para o Mundo actual. Depois dizem que gastamos em demasia que nós portugueses somos muito ricos! De facto, devemos ser pagamos impostos muito acima da média europeia para manter um Estado inútil!

      • Antes já havia inflação essencialmente provocada pela desestruturação das cadeias de abastecimento como resultado da COVID.
        Em relação ao facto de atualmente quase tudo ser produzido na China, o caro José é um dos culpados. Quando compra, procura o menor preço para um dado produto. Bem vindo à China!

      • Engana -se redondamente! Não compro marcas chinesas e até evito as ocidentais que lá fabricam! Garanto-lhe que nada me falta, mas chinês, apenas devo ter alguma porcaria de plástico!

    • É certo tudo que escreve, mas se 85%do Povo está endividado e não tem activos com o tempo leva tudo junto para baixo, e o pior é que o dinheiro do PSI-20 não fica cá e sempre a sair para ouro negro, porque os grandes grupos económicos não paga onde vende?

    • Se deixasse a inflação descontrolada seria muito pior. Procure informar-se antes de comentar. Isto não é futebol em que cada um manda uns bitaites. Veja o comentário do MARRA PARA AÍ aqui em cima. Vai perceber.

  7. Já a minha avó dizia: “Ninguém dá nada a ninguém.” e “Quem merendas come merendas deve.” Já se sabia que eles ajudavam mas depois vinham pedir contas, ver se as pessoas ajudadas já deixaram de ser “parasitas”, se já se seguravam nas próprias pernas.

  8. Esta mulher para sofre de raiva congénita conta os portugueses! Não a suporto. É advogada o que percebe ela afinal de economia? De finanças até poderei ficar calado, mas pelo que se vê, as decisões dela parece mais vindas de uma bota da tropa que outra coisa! Sabe e percebe de tudo, como o Prof. Pardal, acerta é pouco.

    • Oh Santa Ignorância Senhor Jose, o que é que impede uma Advogada que presidiu ao FMI e agora preside ao BCE ter adquirido vastíssimos conhecimentos de Economia? Quer dizer que quem a escolheu para tais cargos era muito mais embrutecido do que quem, sem provar, a acusa de Raivosa Congénita contra os portugueses, não a suporta (nem ela precisa do seu suporte) e as decisões que toma serem, Não Vindas de Uma Bota da Tropa mas, MUITO MAIS IMPORTANTE, DIRIGIDAS A UM UNIVERSO DE ECONOMIAS MUITO MAIS VASTO DO QUE AS SUAS LIMITADAS DESCULPAS ESFARRAPADAS REVELADORAS DE UM RACIOCÍNIO TÃO POBRE COMO AS FRACAS CAPACIDADES GOVERNATIVAS PORTUGUESAS, Bastante Fracas Características Laborais de muitos portugueses de Cultura Popular que deixa tudo a desejar…
      E se Lagarde entendeu fechar a “torneira” a um Povo que não se Governa nem se deixa Governar, como demonstra desde tempos imemoriais?

  9. Lendo todos os comentários até este momento pasmo como se atribuem culpas a isto, culpas àquilo, todos têm opiniâo; todos acusam mas ninguém refere os sucessivos políticos/governantes portugueses, esses sim, verdadeiros culpados do desmantelamento da economia, indústria, agricultura, pescas, serviços, péssimo uso ou abuso dos dinheiros públicos habituando-se a pedinchar à ue as leviandades dos enormes gastos supérfluos em detrimento dos essenciais e, à semelhança de muita mentalidade lusa gastando-se mais do que se tem à espera que alguém ajude!

  10. As várias crises sucessivas e intermitentes servem um propósito bem planeado desde sempre em prol das grandes fortunas e grupos económicos financeiros e outros, pois quando estas se instalam estes protegidos compram os imóveis e ativos desvalorizados às pequenas empresas e particulares em dificuldades, e mais tarde favorecem a recuperação do mercado afim de vender muito mais caro àqueles que outrora foram espremidos ou extorquidos por esses mesmos grupos, mas agora carregado de juros e obrigações, sempre com a corda na garganta bem justinha, pelo menos até à próxima crise agendada por esses mesmos grupos, que chegada a hora reiniciam o ciclo mantendo o povo no seu lugar sem chatear muito e sem desenvolver a mínima capacidade de resposta perante estas injustiças. NÓS TODOS SOMOS OS ANIMAIS PARA ABATE NESTA HERDADE DE VERGOHA EM QUE O NOSSO MUNDO SE TORNOU. Cumprimos sem retorquir as leis que nos amarram aquando do abate de todos os que nos rodeiam e de nós próprios sem que tenhamos o capacidade sequer de erguer a cabeça.

  11. Para haver qualidade de vida para todos, teríamos que sofrer uma redução de 2/3 da população mundial. Somos cada vez mais e mais.. todos querem trabalho, saúde, não digo sermos ricos , mas sim viver de forma desafogada. A ganância Humana é uma “espécie de natureza”, onde só os mais fortes (nos Humanos, são os ricos) é que sobrevivem de forma desafogada. Se não forem as guerras é a economia/energia. Se mesmo assim escaparem, não se dêem por vencedores, existe outra arma – Vírus com fartura.
    – Quem nasce pobre sempre será pobre, mesmo que te saia o Euromilhões. Serás sempre pobre no pensamento.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.