A cantora Katy Perry, a apresentadora Lauren Sánchez, noiva do bilionário Jeff Bezos, e mais quatro mulheres completaram esta segunda-feira o primeiro voo suborbital de uma tripulação exclusivamente feminina em mais de 60 anos, a bordo de um foguete Blue Origin. Mas o turismo espacial não é para todos.
A estrela pop Katy Perry, a jornalista e escritora Gayle King e a apresentadora e ex-jornalista Lauren Sánchez estavam entre as seis mulheres que viajaram a bordo da nave da Blue Origin que esta segunda-feira completou com sucesso a sua missão suborbital.
Designada NS-31, esta foi a 31ª missão da nave New Shepard da Blue Origin, a empresa espacial privada fundada pelo CEO da Amazon e bilionário Jeff Bezos — e a sua 11ª viagem tripulada.
A nave tem o nome do astronauta Alan Shepard, o primeiro norte-americano a chegar ao espaço, em 1961, e o quinto a pisar a superfície da Lua, em 1971. Embora a cápsula espacial não possa orbitar a Terra, voa acima da linha de Kármán, considerada o limite do espaço, a 100 quilómetros de altitude.
A nave, que descolou às 9h30 da base de lançamento da Blue Origin em Van Horn, no Texas, levava também a bordo a antiga cientista da NASA Aisha Bowe, a investigadora de bioastronáutica Amanda Nguyen, primeira vietnamita a viajar até ao espaço, e a produtora de cinema Kerianne Flynn.
Blue Origin

A tripulação da missão NS-31 da New Shepard: Lauren Sánchez, Katy Perry, Aisha Bowe, Kerianne Flynn, Gayle King e Amanda Nguyễn
A viagem das seis astronautas entrou para a história da aventura espacial: foi a primeira tripulação exclusivamente feminina a ir ao espaço desde a missão solitária da cosmonauta soviética Valentina Tereshkova em 1963. Apenas 15% das pessoas que chegaram ao espaço são mulheres, nota a Fast Company.
No entanto, apesar deste esforço pela igualdade, a missão mereceu, como seria de esperar, opiniões críticas, que argumentam que o turismo espacial se tornou um entretenimento para bilionários como Bezos, Richard Branson, da Virgin Galactic, e Elon Musk, da SpaceX — que só os ultra-ricos podem pagar.
Entre as críticas mais contundentes destaca-se a de Amanda Hess, crítica de cultura que escreve no The New York Times que “se o voo prova algo, é que as mulheres são agora livres de desfrutar dos despojos mais decadentes do capitalismo ao lado dos homens mais ricos do mundo”.
O título do artigo de Hess, “One Giant Stunt for Womankind”, alinha-se também com os críticos que consideram que a viagem foi um mero golpe publicitário para o turismo espacial — ou de um anúncio para a empresa do fundador da Amazon.
Outros questionam se a viagem de 11 minutos até ao “limite do espaço”, apenas a 100 km acima do nível do mar, torna os passageiros verdadeiros astronautas, uma vez que os voos são sub-orbitais — não atingem a velocidade orbital total.
Desde 2021, um total de 52 pessoas embarcaram em voos da Blue Origin, entre as quais William Shatner (que foi arrojadamente até onde nenhum ator tinha ido), e o empresário Mário Ferreira, que se tornou o primeiro português ao Espaço em agosto de 2022.
Há quem pense que “as grandes mentes se devem focar em salvar a Terra” e não nas viagens espaciais. A frase é do Príncipe William, que em 2021 disse numa entrevista à BBC que “precisamos dos maiores cérebros e mentes do mundo fixados em reparar este planeta, não na tentativa de encontrar o próximo para ir viver”.
Camões contou-nos um dia a história de um célebre velho, que no Restelo criticava os navegadores portugueses e os projetos de expansão marítima — alertando para os perigos, a vaidade e os custos humanos e morais deste tipo de aventuras inúteis. O futuro dirá se a aventura espacial o é.

Eu ia perguntar porque não colocam um pobre a a representar biliões de pobres numa ida ao espaço. Representar quem não tem dinheiro. Mas dinheiro chama dinheiro. Personalidades ricas e famosas patrocinam o negócio. Pobre serve para pagar impostos e pegar em arma na linha da frente enquanto o rico enriquece mais ainda. A pergunta é: Para que serve a grande maioria da população?
“Os dois dias mais importantes na nossa vida são aquele em que nascemos e o dia em que percebemos porquè.” – Mark Twain
Não valeu, foi uma fantochada de “viagem”. Mas cada pessoa usa o dinheiro como quer.
Tão pouco tempo no espaço, deve ter experienciado grande coisa, a malta… parabéns, acho eu, bom para elas!
Dinheiro deitado fora, poucos minutos. Não valeria a pena. Só funciona para quem tem “massa” a valer.
Golpe publicitário, propaganda política? Poderá ser.
São turistas espaciais. Chamá-los astronautas é uma ofensa. É como eu ser considerada enfermeira porque sei aplicar um penso rápido…
E o ar de atrasadinha mental com que ela chegou e se manifestou?!!!
Mesmo o love isto o love akilo ta toda apanhada o sal grosso secou lhe os neurónios