Marcos Santos / USP Imagens
O Júri Nacional de Exames (JNE) quer reformular a organização de exames nacionais do ensino secundário, pondo fim à 2.ª fase destas provas nos moldes em que decorrem atualmente. O JNE defende que o segundo momento de avaliação passe a restringir-se apenas aos alunos que faltaram às provas da 1.ª fase “por razões atendíveis e justificáveis”.
A proposta, que poria fim à 2.ª fase das provas nacionais para melhorias, consta de um documento da entidade responsável pela logística dos exames, divulgado esta segunda-feira e a que o jornal Público teve acesso.
Em resposta ao matutino, o Ministério da Educação já adiantou que a proposta não está em cima da mesa. “Esta proposta não está a ser analisada na elaboração do calendário do ano que vem. A aplicação do decreto-lei 55/2018não tem impacto na existência das fases de provas e exames a decorrer em junho e julho”, esclareceu a tutela.
O organismo defende ainda no mesmo documento que a 2.ª dos exames nacionais passe a decorrer na primeira quinzena de setembro e não em julho, como acontece normalmente.
O JNE aponta a flexibilidade curricular e a carência de professores como justificações para as alterações propostas. O organismo responsável considera que a “carência de recursos humanos” existente nas escolas não permite que se mantenha “o actual modelo de avaliação externa, com duas fases de provas, dois períodos para reapreciação [de notas] e dois períodos para reclamação”.
No ano passado, foram realizadas 115.082 provas na segunda fase, cerca de metade das que foram realizadas na primeira temporada dos exames, observa o diário.
