Foram projetadas imagens de Isabel II em Stonehenge no âmbito das celebrações do seu Jubileu de Platina — e os pagãos estão revoltados por considerarem que o monumento é um local de culto religoso.
Por estes dias, os olhos do mundo estão todos na rainha Isabel II, que celebra durante este fim de semana o seu Jubileu de Platina em honra dos 70 anos que já leva como chefe de Estado do Reino Unido e da Commonwealth.
Uma das homenagens à rainha incluiu a projeção de imagens suas em oito das pedras gigantes que compõem Stonehenge, uma iniciativa da organização governamental English Heritage que queria “juntar dois ícones britânicos” — mas esta decisão está a causar polémica no Reino Unido.
Alguns utilizadores no Twitter concordaram que a homenagem era “uma vista incrível”, mas outros descreveram a ideia como “vulgar” e mostraram-se ofendidos por considerarem que Stonehenge é um local sagrado, relata a Smithsonian Mag.
Enquanto monarca, Isabel II também é a Governadora Suprema da Igreja de Inglaterra. Apesar de ainda estar envolto em mistério sobre a sua origem ou propósito, há quem acredite que Stonehenge era um local de culto pagão ainda antes do nascimento do Cristianismo.
Construído gradualmente entre 3000 e 1500 A.C., Stonehenge alinha-se com os corpos celestes. Há teorias que apontam para que fosse um calendário solar e escavações recentes indicam que era usado para rituais fúnebres.
O monumento foi construído alguns milhares de anos antes da emergência dos druidas celtas, mas os pagãos modernos acreditam que a comunidade fazia peregrinações até Stonehenge e lá organizava cerimónias religiosas.
As polémicas já não são de agora. Em 2011, um aristocrata britânico escreveu um artigo onde pediu que Stonehenge fosse iluminado durante a noite, o que causou uma onda de críticas.
O neo-druida e ambientalista Arthur Uther Pendragon, afirmou na altura que iluminar o monumento o transformaria num “parque temático” e que seria uma distração do verdadeiro propósito de Stonehenge.
Mas estas críticas não têm travado este tipo de iluminações, com as pedras a já receberem projeções de vídeos da Primeira Guerra Mundial ou dos rostos de oito pessoas que ajudaram a cuidar do património britânico durante a pandemia.
Para além das críticas a estas descaracterizações de Stonehenge que os pagãos consideram ofensivas, as redes sociais também foram inundadas por britânicos anti-monarquia que se opõem às celebrações do Jubileu de Isabel II.
Uma recente sondagem da YouGov notou que o sentimento republicano no Reino Unido tem vindo a crescer e que um quarto dos britânicos defende a abolição da monarquia e espera-se que após a morte da rainha, estes valores aumentem mais.
Estes “pagãos” são donos do monumento? Foram eles que o construiram a ou fazem a manutenção? Não, pois não. Então calem-se e deixem as pessoas em paz! Hoje, só há “ofendidos”, mesmo quem não sabe sequer ao certo para que servia o sítio! A projecção não estragou nada, portanto, os alienados da realidade vão aborrecer para outro lado e dediquem-se a algo realmente útil para a sociedade.