Jovem que planeou ataque à FCUL disse que “seria fixe” matar algumas pessoas antes de morrer

João Carreira, o jovem que planeou o ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa disse que “seria fixe” matar algumas pessoas antes de morrer.

A tentativa de ataque terrorista à FCUL foi um plano falhado para executar um atentado ao máximo número de estudantes e às instalações da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O ataque estava programado para o dia 11 de fevereiro de 2022 e foi orquestrado por um jovem de 18 anos chamado João Real Carreira.

O plano de João mencionava o dia do ataque como o “dia final”. O suposto plano de ataque, escrito num papel A4, tinha tarefas preparatórias e ações a executar, em português e em inglês, para os dias 10 e 11 de fevereiro”. A matança devia durar apenas 5 minutos e o jovem planearia fugir de autocarro

O ataque foi evitado após um alerta proveniente dos Estados Unidos da América, emitido pelo FBI, que avisou a Polícia Judiciária. O FBI recebeu informações de um cidadão norte-americano com quem João partilhou os seus planos para o atentado em Portugal.

No dia 25 de junho, o jovem aceitou falar às autoridades e confessou os atos que levaram o Ministério Público a acusá-lo de dois crimes de terrorismo e posse de arma proibida.

“Parte de mim queria morrer. Mas queria matar algumas pessoas antes”, disse João às autoridades, segundo o Expresso. A sua ideia era matar entre três e dez vítimas aleatórias, para se tornar o assassino em massa mais famoso de Portugal. O caso seria inédito em Portugal. “Seria fixe”, atirou.

Durante o interrogatório, o jovem agora com 19 anos admitiu a sua obsessão por assassinos em massa e confessou ter começado “a ficar um pouco fora de controlo”.

“O meu plano era suicidar-me a seguir, esfaqueando-me na barriga”, explica João. O jovem escolheu o anfiteatro 3 da faculdade porque “tinha uma casa de banho grande”, como na mórbida banda desenhada japonesa em que se inspirou, e porque “as cadeiras do anfiteatro estão presas ao chão” e assim “não podiam ser atiradas”.

“Estou sempre a pensar em matar pessoas”, escrevia o jovem, antes de ser apanhado. “Fui a uma loja e vi um martelo em exposição. Nessa secção só estava uma criança com a mãe. Pensei em esmagar-lhes a cabeça”.

“Se eu fosse brutalmente esfaqueado seria épico”, escreveu ainda, apesar de reconhecer que a sua saúde psicológica não estava no melhor estado: “Na verdade deveria ir a um psiquiatra, mas esses sítios são uma seca”.

Daniel Costa, ZAP //

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