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Jovem alemã que combatia pelo Estado Islâmico pode ser condenada à morte

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A adolescente alemã deverá ir a julgamento no Iraque, por envolvimento com o grupo terrorista Estado Islâmico, e pode ser condenada à morte.

Linda Wenzel, de apenas 16 anos, estava desaparecida de casa, a cidade alemã de Pulsnitz, há um ano e o seu paradeiro foi descoberto em julho deste ano.

A adolescente foi encontrada em Mossul, no Iraque, onde combatia pelo Estado Islâmico e depois de se ter casado com um membro do grupo, que depois acabou por morrer.

Segundo as autoridades alemãs, a jovem foi aliciada para a causa jihadista e recrutada nas redes sociais. No momento da captura, que se deu no porão de uma casa, a jovem estava acompanhada por quatro mulheres, todas armadas e vestidas com coletes de explosivos.

Na entrevista reproduzida pelos media alemães, a adolescente disse estar arrependida de se ter juntado à organização terrorista e que queria apenas regressar a casa. No entanto, acabou por ficar detida numa prisão em Bagdad.

Segundo o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, apesar da idade, Linda é responsável pelas suas ações, que podem incluir ataques contra pessoas inocentes.

Por isso, de acordo com a legislação do país contra terrorismo, a jovem pode ser condenada à morte, mas não deve ser executada antes de completar 22 anos.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha tem tentado a extradição da jovem e de outras três alemãs detidas no Iraque, mas não existe, atualmente, um acordo de extradição entre os dois países.

Além disso, as autoridades iraquianas já deixaram clara a sua intenção de Linda e os outros estrangeiros acusados de terrorismo serem julgados no Iraque.

A pena de morte é proibida na Alemanha. Se a jovem fosse julgada no seu país de origem, a pena máxima seria de dez anos de prisão.

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