Um juiz absolveu um jovem de uma acusação de rapto e violação de uma rapariga de 17 anos, no México, considerando que o agressor não teve prazer. Esta decisão está a gerar indignação e vários protestos.
Diego Cruz, de 21 anos, pertence a famílias abastadas de Veracruz e, juntamente com três colegas de escola, foi acusado de sequestrar e violar uma rapariga depois de uma festa de passagem de ano, no dia 1 de janeiro de 2015.
Segundo o jornal britânico The Guardian, dois membros do grupo, apelidado de “Los Porkys”, estão a ser acusados de penetrar a vítima, que foi identificada como Daphne Fernandez Torres.
Numa decisão divulgada na segunda-feira, o juiz Anuar González considerou que apesar de ter sido provado que Diego Cruz tocou nos seios da vítima e a penetrou com os dedos, não o fez com “intenção carnal”, por isso não poderia ser considerado culpado de violação.
“O testemunho da menor não fornece nenhuma indicação – isto é, uma insinuação, palavra obscena, proximidade, situação – que a intenção [do réu] era um abuso destinado a satisfazer impulsos sexuais”, destacou.
Para Anuar González, “um toque ou fricção, seja num lugar público ou privado, não é considerado um ato sexual, se a intenção de satisfazer um desejo sexual à custa do sujeito passivo está ausente”.
No México, este caso está gerar polémica e a chocar a opinião pública. Vários ativistas dos direitos humanos alegam que este caso reforça a ideia de que o dinheiro e a influência política estão acima da lei.
“Ele tocou-lhe sexualmente, mas não gostou, não é abuso sexual?”, questionou Estefania Vela Barva, uma ativista direcionada para as questões de género.
“Mesmo que não haja prazer no ato, houve claramente uma intenção de humilhar. Eles tocaram-lhe, importunaram-na. Mas, para o juiz, se a intenção não era ter prazer já não é violação”, adiantou.
O pai da vítima, Javier Fernández, diz estar “revoltado” com o veredicto, sublinhando que “com esta proteção legal, qualquer pessoa poderia tocar numa jovem sem quaisquer consequências penais”.
“É inconcebível. Estou surpreso e com raiva. Dois anos de luta, para que o juiz conclua isto. Os agressores escaparam à ordem de prisão e estão a dar-lhes proteção legal dois anos depois. Isto é uma piada, é um absurdo “, destacou Férnandez.
A rapariga tem dez dias para contestar esta decisão e, possivelmente, fazer uma queixa contra o juiz.
Boa…
Vamos todos “meter os dedos no Cú desse Juiz” e depois dizemos que não gostamos…
Somos todos ilibados…
Pode ficar com a minha vez e usar um dos seus outros dedos.
Meter tudo bem… Abanar é que não!
PODES IR AO CU DO JUIZ SE NÃO GOSTARES NÃO LHE PAGAS.
Será que o juíz não tem filha? Pena! Devia ter.
Não faz qualquer diferença que tenha ou não tenhas filhas. Elas não deverão pagar pelos erros do pai. Já há outros comentários com sugestões que não envolvem as filhas …
Esta noticia é revoltante, dá vontade de fazer justiça pelas próprias mãos.
O Juís falou bem ou mal depende do critério dele e da Lei, mas uma coisa que eu acho nestes comentários é a tremenda falta de educação, vem para a internete falar como estivessem a falar com amigos, palavriado sem nível educacional.