José Sena GOulão / Lusa
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Uma autêntica montanha-russa. Lesões em sequência, um golo “para os apanhados”, uma grande penalidade, uma expulsão para o “leão”, duas reacções rumo a empates e ocasiões atrás de ocasiões desperdiçadas.
Houve de tudo um pouco neste jogo em Alvalade, com a igualdade final a reaproximar o Benfica do Sporting (dois pontos) e a confirmar o grande momento do Arouca, que não perde há sete jornadas.
Muito acidentada a primeira parte em Alvalade. No espaço de apenas três minutos, logo no arranque, St. Juste e Daniel Bragança saíram lesionados, mas não sem antes o neerlandês fazer um passe descabido que levou o guarda-redes Rui Silva a fazer um (caricato) autogolo.
Conrad Harder ainda empatou, depois Henrique Araújo acertou na barra, mas nos descontos da etapa inicial o atacante emprestado pelo Benfica recolocou o Arouca na frente, de grande penalidade, a castigar falta de Hjulmand precisamente sobre Araújo. Uma montanha-russa.
Tudo acontecia ao “leão” e, aos 62 minutos, Hjulmand viu o segundo cartão amarelo e foi mais cedo para os balneários, algo que não impediu o Sporting de continuar a atacar mais, mas o Arouca passou a ter mais facilidades e espaços para contra-atacar com muitos elementos.
Porém, as decisões eram más e os lances perdiam-se. Quem não se importou com isso foi Trincão, que empatou aos 74 minutos.
O jogo partiu-se, os lances de grande perigo continuaram a surgir junto das duas balizas, com destaque para desperdícios de Harder e Gyökeres, já nos descontos.
No derradeiro lance, Jason (0,44) também falhou um “penalti em movimento”, numa grande defesa de Rui Silva.
O Jogo em 5 Factos
1. No pódio dos jogos com mais remates
A loucura do jogo em Alvalade produziu futebol de ataque e muitos remates. Ao todo foram 36 (21 para os anfitriões, 15 para os visitantes), terceiro valor mais alto da Liga. Desses, 15 foram enquadrados, quarto registo da prova (sete para o Arouca, recorde da equipa).
2. Empate também nos xG
O Sporting dominou, é verdade, mas o seu balanceamento permitiu ao Arouca contra-atacar com muito perigo. Assim, as duas equipas criaram perigo semelhante, que bate certo com o resultado final. Ambas registaram 2,1 xG.
3. “Leão” mal nos cruzamentos
A formação de Alvalade bateu o seu recorde de cruzamentos de bola corrida na prova, nada menos que 27. Contudo, foi ineficaz em 24, segundo valor mais alto da Liga.
4. Desinspirados no drible
O “leão” bem tentou o drible, concretamente 24 vezes, mas só completou cinco, novo mínimo (o anterior era sete).
5. Sporting do fair-play
O jogo teve muita luta, “empate técnico” nos duelos, mas o Sporting conseguiu completar a partida com apenas seis faltas cometidas. O valor mais baixo do campeonato é cinco.
Melhor em Campo
O sueco Viktor Gyökeres está limitado, não marcou, mas voltou a realizar uma grande exibição, sendo o melhor em campo em Alvalade.
Gyökeres fez uma assistência, foi o mais rematador, com cinco disparos, três enquadrados, somou cinco passes para finalização, recebeu 15 passes progressivos (máximo), acumulou dez acções com bola na área contrária (valor mais elevado) e só não tem melhor nota porque falhou uma ocasião flagrante de 0,51 xG.
Resumo
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