O presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e chefe de Estado angolano foi reeleito, esta sexta-feira, com 98,04% dos votos, conquistando 2610 delegados num universo de 2662 votantes.
De acordo com os números divulgados, entre os 2965 delegados ao VIII Congresso do MPLA, partido do poder em Angola, foram validados 2662 boletins, dos quais 2610 com votos a favor.
Foram também contabilizados 33 votos contra, 13 abstenções, quatro votos nulos e dois em branco, em votação secreta.
Os resultados foram apresentados pelo coordenador da comissão eleitoral, Francisco Queirós, também ministro da Justiça, no último dia do congresso e saudados efusivamente num Centro de Conferência de Belas “vestido” de vermelho e amarelo, com acenos de balões, apitos e gritos de “JLO”, e algumas vaias aos votos contra.
João Lourenço, que também é o chefe do Executivo angolano, foi o único candidato aprovado ao congresso, não tendo sido aceite a candidatura do militante António Venâncio.
A comissão eleitoral considerou que o processo eleitoral decorreu de acordo com os estatutos e regulamentos de partido e de forma justa e transparente, realçou Francisco Queirós.
No mesmo dia, foram também aprovados os nomes para o Comité Central. Com 2655 delegados votantes, foram considerados válidos 2644 votos, dos quais 2466 a favor, 97 contra e 40 abstenções.
A nova composição do seu Comité Central destaca-se pelo alargamento a mais 196 membros, sendo 346 homens e 347 mulheres, e mais 35% de jovens, com idades entre 18 e 35 anos.
O líder do MPLA agradeceu o empenho da Organização da Mulher Angolana, braço feminino do partido, e reforçou as palavras da sua dirigente, Joana Tomás, afirmando que “quem se meter com o MPLA tem de passar por cima das mulheres“.
“O que não é fácil, porque passar por cima das mulheres é passar por cima das nossas mães e quem se atrever a passar por cima das nossas mães é amaldiçoado, não é?” disse o Presidente aos militantes que assistiam na plateia e explodiram num sonoro e entusiástico coro de apitos.
Além da força das mulheres, João Lourenço declarou-se protegido com o vigor dos jovens e mostrou-se agradado com o ambiente festivo que marcou o final do dia no Centro de Conferências de Belas.
“Quem não gosta de festa? Todos gostamos”, congratulou-se, apelando aos militantes que comecem a preparar “a próxima festa”, a da vitória eleitoral, desde já.
“Vamos todos trabalhar na organização da próxima festa, que será a festa da vitória em agosto de 2022. Essa festa de agosto de 2022, já esta”, exortou o líder partidário, merecendo nova aclamação.
O congresso do MPLA termina este sábado, com um ato de massas para comemorar o 65.º aniversário do partido, a realizar no estádio nacional 11 de novembro.
ZAP // Lusa