Benfica 3-0 Boavista | João capitão Mário faz xeque-mate no Bessa

Lusa

O Benfica chegou à sétima vitória consecutiva em jogos oficiais esta temporada. Na tradicionalmente difícil visita ao Boavista, as “águias” ganharam por 3-0.

Foi um resultado categórico que começou a ser construído à passagem da meia hora e que foi cimentado graças a uma segunda parte de domínio e controlo absoluto dos acontecimentos.

Morato e João Mário (2) foram os autores dos golos, num jogo com titularidade de António Silva, no lugar de Otamendi, e ainda deu para estrear Fredrik Aursnes.

O jogo nem começou de feição para os “encarnados”, que sentiam muitas dificuldades para construir lances de ataque, face à boa organização dos boavisteiros.

Aos poucos, porém, os comandados de Roger Schmidt começaram a impor o seu jogo, a ser mais acutilantes no ataque e, em cima da meia-hora, chegaram ao golo. Canto da direita de David Neres e Morato, sem precisar sequer de saltar, cabeceou colocado para o 1-0, dando cor a uma superioridade que se foi cimentando. E João Mário em cima do intervalo, desperdiçou uma ocasião flagrante.

O central brasileiro era o melhor em campo ao intervalo, não só pelo golo que apontou, mas também pela excelente qualidade no passe e para as muitas acções defensivas, varrendo tudo à sua passagem.

O segundo tempo trouxe um Benfica ainda mais mandão. Boas trocas de bola, menos pressa, controlo dos espaços e do adversário e lances de perigo. Aos 67 minutos os lisboetas chegaram ao 2-0, na conclusão de uma jogada pela esquerda.

Grimaldo cruzou, Petar Musa, frente à sua antiga equipa, amorteceu e João Mário atirou a contar. O terceiro chegou aos 82 minutos, de novo por João Mário, a converter uma grande penalidade a castigar falta de Sasso sobre Musa.

Tudo decidido no Bessa. O Boavista praticamente desapareceu em termos ofensivos, com os “encarnados” a cortarem todas as linhas de progressão dos homens da casa. Dava para tudo, até para estrear o novo reforço benfiquista, o norueguês Fredrik Aursnes, bem como Ristic, que fez o primeiro jogo na Liga bwin.

No final, os números eram esclarecedores, na posse de bola, nos remates, nos Expected Goals (xG) e nas ações com bola nas áreas contrárias, com o Benfica a mostrar uma facilidade a chegar a esta zona do terreno à qual os “axadrezados” nem sequer se aproximaram.

No Bessa, João Mário foi o capitão do Benfica e o que fez em campo correspondeu à responsabilidade. O médio foi o melhor em campo graças, fundamentalmente, a um bis, que poderia ter sido um “hat-trick” caso, não tivesse desperdiçado uma ocasião flagrante perto do final da primeira parte.

O internacional luso foi o mais rematador do encontro, com cinco disparos, dois enquadrados, criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização e somou um passe de rutura.

Destaques do Boavista

Reggie Cannon

O Boavista sentiu muitas dificuldades para travar o ataque benfiquista e o melhor dos homens da casa acabou por ser um central, Reggie Cannon, que teve muito trabalho, mas nem ele terminou com uma nota por aí além. O norte-americano terminou com quatro intercepções e cinco alívios.

César

O guardião das “panteras” acabou por ser mais vítima que réu no jogo, não tendo responsabilidades nos golos sofridos. O brasileiro terminou com três defesas, todas a remates na sua grande área.

Destaques do Benfica

Morato

Belíssimo jogo do central brasileiro, que está a assumir-se cada vez mais como um jogador fundamental nas “águias”. O ponto mais relevante acabou por ser o golo que marcou, mas Morato esteve bem em muitos aspetos. No final registava quatro ações defensivas no meio-campo defensivo e cinco intercepções, ambos máximos do encontro.

Florentino

Mais uma grande exibição de Florentino. O “trinco” benfiquista esteve em todo o lado, terminando com extraordinários sete desarmes (máximo do jogo) e quatro intercepções, bem como cinco alívios e três acções defensivas no meio-campo contrário. Fez 50 passes e só falhou três.

Petar Musa

O ponta-de-lança croata levantou dúvidas na estreia ante o Dinamo Kyiv, mas neste reencontro com o seu antigo clube mostrou alguns dos motivos que levaram o Benfica a contratá-lo. Musa entrou para a última meia-hora e conseguiu registar uma assistência, dois passes para finalização e ainda sofreu falta para grande penalidade.

Grimaldo

Ainda que não tenha sido sujeito a grande trabalho defensivo, terminou a partida com seis ações defensivas. Grimaldo vingou-se na frente, criando uma ocasião flagrante em dois passes para finalização. Teve ainda sucesso em dois de três cruzamentos e fez dois passes super aproximativos.

António Silva

Otamendi, castigado, ficou de fora. Vertonghen era o nome esperado para entrar de início, mas Schmidt preferiu lançar o jovem António Silva, e o central esteve muito bem. Além de um passe de rutura, somou 77 ações com bola (segundo valor mais alto), falhou só três de 62 passes e completou nove de 11. Falhou ainda uma ocasião flagrante.

Rafa Silva

Desta feita, Rafa esteve longe do golo. Ou melhor, até esteve perto, mas no único remate que fez, desperdiçou uma flagrante. Isto apesar de ter sido o jogador da partida mais solicitado por passes aproximativos (13). Esteve, contudo, bem a servir os companheiros, criando uma ocasião flagrante em dois passes para finalização. Foi o jogador com mais ações com bola na área contrária (6), somou cinco conduções aproximativas e uma super aproximativa.

Enzo Fernandes

O pêndulo do costume, embora comece a mostrar alguma fadiga. O argentino somou o máximo de ações com bola no jogo (95), foi o que fez mais passes (79) e o que completou mais (65), e teve sucesso em oito de 14 longos. Além disso recuperou dez vezes a posse de bola e fez três desarmes e outras tantas intercepções. Pecou nos passes falhados, com 14, máximo da partida.

Gilberto

Pouco afoito no ataque, o lateral brasileiro foi, porém, sólido a defender, somando cinco desarmes e três ações defensivas no meio-campo contrário.

Resumo

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