João Almeida é o primeiro ciclista português no pódio final do Giro

Luca Zennaro / EPA

O ciclista português João Almeida no Giro de Itália 2023

João Almeida tornou-se hoje no primeiro português a subir ao pódio final da Volta a Itália e o primeiro ciclista nacional a terminar entre os três melhores de uma grande Volta desde Joaquim Agostinho no Tour 1979.

O português João Almeida terminou a Volta a Itália no terceiro lugar, tornando-se no primeiro ciclista nacional a subir ao pódio final do Tour,

João Almeida cortou a meta, no final dos 126 quilómetros da 21.ª etapa, com início e final em Roma, integrado no pelotão encabeçado pelo britânico Mark Cavendish (Astana), e viu o seu terceiro lugar final confirmado.

A 106.ª edição da ‘corsa rosa’ foi ganha pelo esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que deixou o britânico Geraint Thomas (INEOS) em segundo.

O ciclista de 24 anos, que também conquistou a classificação da juventude, é o primeiro português a ‘fechar’ o Giro no pódio e o segundo corredor luso a ficar entre os três melhores de uma grande Volta, depois de Joaquim Agostinho ter sido terceiro nas edições de 1978 e 1979 da Volta a França e segundo na Vuelta1974.

A 5 etapas do fim da Volta, João Almeida estava a apenas 18 segundos da liderança da prova. Em 2020, o ciclista português esteve na liderança durante a maior parte da da prova, mas quando chegaram as etapas finais de montanha quebrou e desceu para o quarto lugar final.

João Almeida confessou ter sido “muito especial” subir ao pódio do Giro com Primoz Roglic e Geraint Thomas, “dois dos melhores voltistas de sempre”, prometendo continuar a trabalhar para trazer “mais bons momentos para o ciclismo português”.

“Sinto-me muito feliz, muito satisfeito, é muito especial. Finalmente… era cortar hoje a meta, sem azares, e estou muito feliz”, desabafou o ciclista da UAE Emirates, de 24 anos, à agência Lusa.

“O Geraint Thomas e o Primoz Roglic são dois dos melhores voltistas de sempre, já foram vencedores de grandes voltas”, notou, referindo-se ao Tour 2018 conquistado pelo britânico e às três Vueltas que o esloveno venceu antes deste Giro.

É um sentimento muito especial e é muito importante para mim”, reforçou. Almeida quis ainda deixar “uma mensagem de agradecimento” aos adeptos portugueses, porque sempre acreditaram em si.

“Estiveram lá nos momentos bons e nos momentos maus, que fazem parte do ciclismo. Vou continuar a trabalhar no duro para trazer mais bons momentos para o ciclismo português. E fazer o melhor possível”, completou.

Questionado sobre se hoje viveu o momento mais feliz da sua carreira, o ciclista de A-dos-Francos hesitou, mas foi claro: “Diria que sim. É um objetivo concluído, alcançado, venha o próximo”.

ZAP // Lusa

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