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JJ não abranda: há nova goleada e recorde. “Quando estiver lá no céu, ainda vão falar do Jesus”

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António Lacerda / Lusa

Um hat-trick de Bruno Henrique conduziu na quarta-feira o Flamengo ao triunfo na receção ao Ceará (4-1), no primeiro jogo do conjunto orientado pelo português Jorge Jesus após a conquista da Taça Libertadores e do Brasileirão.

No Maracanã, em clima de festa, que começou no sábado, com o triunfo na final da Libertadores, face ao River Plate (2-1), e prosseguiu no domingo, com a conquista matemática do campeonato, face ao desaire do Palmeiras, o mengão entrou a perder, mas deu a volta, como em Lima.

Thiago Galhardo marcou para os visitantes, aos 27 minutos, só que, na segunda parte, Bruno Henrique respondeu com três tentos, aos 65, 74 e 85, passando a somar 21 na prova, apenas menos um do que o melhor do campeonato, o seu companheiro de equipa Gabriel Barbosa, vulgo Gabigol, ausente face ao Ceará devido a castigo.

Na parte final, aos 90+1 minutos, Vitinho selou o 4-1 final, no que foi o 27.º encontro consecutivo sem perder (22 vitórias e cinco empates) do ‘Fla’ em todas as provas, incluindo 22 no ‘Brasileirão’ (19 triunfos e três igualdades), após o 0-3 no reduto do Bahia, no ‘longínquo’ dia quatro de agosto.

Com este resultado, o conjunto do Rio de Janeiro passou a somar 84 pontos: desde que a prova se disputa com pontos corridos e 20 equipas (desde 2006), é recorde, tal como as 26 vitórias, sendo que os 77 golos igualam para já o registo do Cruzeiro, em 2013.

No final do encontro, os jogadores receberam as medalhas de campeões, algumas entregues pelo ex-guarda-redes do Benfica Júlio César, uma delas a Jorge Jesus, e o clube recebeu a taça correspondente ao sexto título brasileiro da sua história – o ‘Fla’ diz-se heptacampeão -, com os capitães Diego Alves, Diego e Éverton Ribeiro na linha da frente a levantarem o troféu.

“Quando estiver lá no céu, ainda vão falar do Jesus”

No final da partida, Jorge Jesus mostrou-se muito satisfeito com o resultado, dizendo que será relembrando quando estiver “no céu”.

“Sabíamos que vínhamos de uma semana de muita festa. Sabia que isso iria ter alguma influência na dinâmica da equipa, mas também sabia que tínhamos argumentos para fazer golos e mudar o resultado. Ao intervalo fizemos algumas alterações e fizemos uma segunda parte diabólica e de uma pressão constante”, começou por dizer.

“Fizemos quatro golos e poderíamos ter feito mais. Era importante sair daqui com uma vitória, como era importante bater o recorde de pontos corridos. Estava em 81 e nós passamos para os 84 pontos. Mais um recorde batido. Esta equipa, este grupo, vai ficar na história do Flamengo para sempre! Mas disso não tenho dúvidas nenhumas. Quando estiver lá no céu, ainda vão falar do Jesus“, disse, citado pelo Sapo Desporto.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Nada de embandeirar em arco, é que isto de treinador tão depressa se é bestial como de repente se passa a besta, portanto nada de vaidades inúteis.

    • Ele terá sempre um traço de besta. E está certo, quando estiver no céu iremos durante muitos anos relembrar aquelas tiradas:
      “vocês os três façam um quadrado ali no meio”
      “em 16 finais esta é a décima sétima. Ganhei 17 e perdi 10”

      Isto perdurará por muitos anos

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