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Jerusalém. Muçulmanos protestam contra visita de judeus a local sagrado

pavel karafiát / Flickr

Centro do Monte do Templo – Al-Haram al-Sharif, “o Nobre Santuário”

Nos confrontos de domingo no al-Haram al-Sharif – ou Monte do Templo, jovens muçulmanos atiraram pedras aos agentes das autoridades que vigiavam o complexo, em protesto contra a visita de centenas de judeus.

O al-Haram al-Sharif, sob administração muçulmana, é o terceiro local mais sagrado do Islão. É também sagrado para os judeus, sendo Israel responsável pela sua segurança, lembrou o Raw Story.

De acordo com as autoridades muçulmanas, os judeus estão autorizados a visitar o local, mas não podem rezar. No entanto, de acordo com a media israelita, o governo de Israel permitiu que judeus orassem no local sagrado nos últimos meses, ação vista pelos palestinianos como uma provocação.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, pediu aos palestinianos que “marchassem de volta a Jerusalém” e protegessem o local sagrado antes do festival Eid al-Adha, que também  decorre esta semana.

As tensões no local ajudaram a desencadear um conflito no início deste ano entre Israel e os palestinianos na Faixa de Gaza. A 10 de maio, o Hamas disparou foguetes contra Jerusalém, descrevendo o ataque como uma reação às ações de Israel no Monte do Templo e no bairro de Sheikh Jarrah, onde os israelitas forçaram o despejo de residentes.

O grupo islâmico, classificado como organização terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por Israel, ameaçou com novos ataques caso hajam novas “violações” por parte de Israel. Em maio, durante o último conflito entre Israel e organizações militantes palestinianas na Faixa de Gaza, foram mortas 255 pessoas. Em Israel morreram 13.

Israel conquistou a parte oriental de Jerusalém, de maioria árabe, em 1967. Os palestinianos consideram-na como a sua futura capital, enquanto os israelitas reivindicam toda a cidade.

Taísa Pagno //

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