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James Dean “ressuscita”. Ator volta ao cinema 65 anos após a sua morte

James Dean morreu em 1955, mas está prestes a ser um dos principais atores de um novo filme que será lançado no próximo ano.

James Dean vai ressuscitar digitalmente: efeitos especiais vão permitir que o ator seja recriado através de um conjunto de fotografias e filmagens antigas. A voz será emprestada por outro ator.

A Magic City Films obteve os direitos do espólio de James Dean para recriar em Finding Jack a lenda do cinema norte-americano que morreu num acidente de carro em 1955, com 24 anos. “Estamos muito honrados por a família nos apoiar e tomaremos todas as precauções para garantir que o seu legado de estrela de cinema épica, intacto até hoje, seja mantido”, avançou o produtor Anton Ernst, em comunicado.

A família vê isto como o seu quarto filme, um filme que ele nunca conseguiu fazer. Não pretendemos dececionar seus fãs”, acrescentou o responsável. James Dean protagonizou Fúria de Viver, O Gigante e A Leste do Paraíso.

No entanto, se há quem esteja animado com o regresso de Dean ao estrelato, há também quem não olhe com bons olhos este regresso digital.

Chris Evans, ator de Os Vingadores, exprimiu o seu desagrado no Twitter. “Isto é horrível… a completa falta de entendimento aqui é vergonhosa. Talvez consigamos um computador para pintar um novo Picasso. Ou escrever algumas músicas novas de John Lennon.”

https://twitter.com/ChrisEvans/status/1192137540842733568

Já a CMG Worlwilde, que detém licenças da propriedade intelectual de celebridades já falecidas – além de Dean, o músico Chuck Berry e o astronauta Neil Armstrong – considera que este filme irá abrir uma janela de oportunidades. Também em comunicado, adiantou que a rápida evolução da tecnologia permite ultrapassar uma fronteira completamente nova para os seus clientes icónicos.

A recriação digital de atores em filmes é uma prática controversa. A tentativa de maior destaque neste campo, até hoje, foi o uso de uma versão em CGI (Computer Graphic Imagery, ou seja, imagens geradas por computador) do ator Peter Cushing em Rogue One: Uma História de Star Wars. As reações quer à aparência do trabalho, quer à ética a ele associada foram confusas, conta o Fortune.

A Imagine Engine, no Canadá, e a MOI Worlwide, na África do Sul, ambas especialistas em efeitos especiais, terão a seu cargo a recriação de James Dean para este novo filme, que estreia já no próximo ano.

Finding Jack é um filme de ação sobre a guerra do Vietname. A história desenrola-se uma década depois da morte de Dean, que morreu num acidente de carro a 30 de setembro de 1955, quando ia para Salinas para participar numa corrida de carros desportivos de luxo.

O icónico ator, que representa a imagem da rebeldia americana, vai desempenhar um papel secundário neste filme, que conta a história de cães de guerra abandonados no Vietname pelos militares norte-americanos.

Ressurreição digital

O recurso a ressurreições digitais de atores já falecidos está longe de ser inédito. Peter Cushing, que morreu em 1994, regressou como comandante da Estrela da Morte, Grand Moff Tarkin, no filme de 2016 Rogue One: Uma História de Star Wars, usando imagens criadas por computador.

Carrie Fisher também “ressuscitou” digitalmente. A atriz, que morreu em 2016, surge no novo filme Star Wars: A Ascensão de Skywalker. No entanto, neste caso, são usadas imagens que a atriz gravou antes de morrer.

A empresa que licenciou a imagem de James Dean para este novo filme espera usar a mesma tecnologia para ressuscitar outras estrelas como Burt Reynolds, Christopher Reeve e Bette Davis.

ZAP //

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