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Já há provas de que estamos a conseguir reduzir o buraco na camada de ozono

De acordo com a NASA, os cientistas comprovaram, através de imagens de satélite, que o buraco na camada de ozono regrediu. E o mérito? É nosso!

De acordo com os cientistas da NASA, que obtiveram imagens de satélite, a interdição do uso de químicos que contêm cloro, como os clorofluorcarbonetos (CFCs), foi o principal motivo da regressão do buraco na camada de ozono.

Os dados, que constam num estudo recentemente publicado na Geophysical Research Letters, foram obtidos com o Aura, um satélite em órbita da Terra que permite analisar a camada de ozono assim como a qualidade do ar e o clima.

Assim, usando o Microwave Limb Sounder (MLS) – a bordo do satélite Aura – os cientistas conseguiram medir o ácido clorídrico, que é criado quando o cloro, depois de destruir quase todo o ozono disponível, reage com o metano.

Segundo o ScienceAlert, a equipa chegou à conclusão que os níveis de cloro diminuíram aproximadamente 0,8% por ano e observaram também uma reversão de aproximadamente 20% na diminuição da camada de ozono no continente gelado da Antártida.

Estas alterações na espessura da camada de ozono no inverno antártico – que acontece entre julho e setembro – foram registadas diariamente entre 2005 e 2016.

“Neste período, as temperaturas na Antártida são sempre muito baixas, pelo que a taxa de destruição da camada de ozono depende principalmente da quantidade de cloro existente”, explicou Susan Strahan, cientista da NASA.

Os cientistas analisaram a composição química da camada de ozono durante 11 anos para concluírem que houve, de facto, uma regressão na diminuição da sua espessura.

Esta diminuição deveu-se à proibição de CFCs. Os clorofluorcarbonetos são compostos químicos de longa duração que se elevam para a estratosfera (onde existe a camada de ozono), e são quebrados pela radiação ultravioleta do Sol, libertando átomos de cloro que destroem as moléculas de ozono.

Esta proibição resulta do Protocolo de Montreal, que tinha como objetivo reduzir, de forma significativa, o uso de clorofluorcarboneto. Em 1987, os países signatários deste tratado comprometeram-se a substituir estas substâncias.

Devido à enorme adesão mundial, Kofi Annan disse que este seria, talvez, “o mais bem sucedido acordo internacional de todos os tempos”. Os resultados começam a emergir e, ao que parece, o ex-secretário-geral da ONU não se enganou.

ZAP //

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