Já há casas com renda acessível para professores deslocados (mas só 29 e em duas cidades)

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Miguel A. Lopes / Lusa

Concentração/plenário nacional de professores, convocada pela Fenprof

“Andam a gozar connosco?” Plataforma de manifestação de interesse na renda acessível mantém o mesmo número de casas desde março — 14 em Lisboa e 15 em Portimão.

“Andam a gozar connosco?”, perguntou a Federação Nacional de Professores (Fenprof) esta quinta-feira após as mais recentes novidades acerca do “concurso anual com vista ao suprimento das necessidades temporárias de pessoal docente.”

A verdade é que o Estado vai dar aos docentes acesso a habitação acessível a partir deste ano letivo, mas quão acessíveis são essas habitações?

Em algumas situações, os professores inseridos nos concursos abertos a 31 de julho — que também abrangem profissionais de saúde colocados longe da sua residência — serão obrigados a partilhar casa para exercer e por enquanto, só estão disponíveis 29 casas no âmbito do arrendamento acessível.

Lisboa, com 14, e Portimão, com 15, são os únicos concelhos sortudos. Estes 29 apartamentos foram apresentados em março e, desde então, não houve qualquer alargamento da lista de casas acessíveis. Ao Público, o Ministério da Educação garante que este “é um trabalho conjunto com o Ministério da Habitação que é para continuar, aprofundar e expandir”.

No caso das casas acima de T2, o protocolo exige que a casa seja partilhada entre docentes “sempre que não se fizerem acompanhar do seu agregado familiar”. Apenas dois dos apartamentos disponíveis têm três ou mais assoalhadas, ambos em Portimão.

Em Lisboa, as rendas máximas no programa de apoio ao arrendamento oscilam entre 600 euros para um T0 e 1700 para um T5. Em Portimão, estes valores baixam para 325 e 875 euros, respetivamente. Quanto às tipologias mais representadas, a renda máxima para um T1 é, em Lisboa, 900 euros. Para um T2 em Portimão é necessário dispensar de 600 euros.

Há de momento três critérios para ordenar os candidatos: “a maior distância a percorrer em linha reta entre a sede do agrupamento e a sede do concelho onde tem residência permanente”; “o menor rendimento per capita do agregado familiar”; e “o menor número de ordem na lista da mobilidade interna ou da contratação inicial”. A lista graduada está ordenada sobretudo em função do tempo de serviço.

O protocolo foi assinado em março entre a Direcção-Geral da Administração Escolar (DGAE) e o Instituto de Habitação, “com vista à disponibilização de soluções habitacionais aos docentes com dificuldade de acesso a uma habitação em áreas diversas do território continental”.

ZAP //

14 Comments

  1. Uma medida infundada e patética, basta revogar a chamada “lei das rendas” elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, e fazer cumprir a Lei que determina que imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, que os arrendamentos regressam ao valor correcto, acaba-se o esquema, e volta-se a ter imóveis disponíveis para arrendar.

  2. Não sou professora, mas trabalho a bastantes Km da minha residência Gastos de ca 1h,30 ida mais 1h,30 regresso
    Também quero acesso habitação acessivel, perto do local de trabalho

  3. É fácil, mcc, deixa a tua profissão! Estão à procura de professores, nem é preciso ter formação específica! Vais ver o que é boa vida, ficar a 200, 300, 400 km de casa, ano após ano!! Isso é que vai ser uma festa!
    Haja paciência, irra!!

  4. Comunismo? Antes não ter casa… Saudosos os tempos em que foram derrotados; basta ver a percentagem de votos que alcançam nos países civilizados

  5. Tambem já me aconteceu Trabalhei alguns anos numa empresa em Lisboa Que decidiu mudar para Aveiro
    Ou iamos ou ficámos no desemprego Houve várias decisões Eu optei por não ir Arranjei outro emprego.
    Srs professores façam o mesmo ou vão ou fiquem no desemprego. Acontece a todos.

  6. As novas mexidas do chamado Programa Mais Habitação tiveram como consequência o aumento de 46 por cento nos novos contratos em Lisboa.

    Segue para bingo !

  7. Você se fosse aluno seria encaixado no nível de ensino dos NEEs (Necessidades Especiais de Ensino). Então atreve-se arrogantemente a comentar a sua situação, não tendo entendido que a mesma nada ter a ver com a situação dos professores em causa, que anualmente têm de concorrer para sítios diferentes (muitas vezes em cada ano diferente, um sítuo diferente). Acha que a situação relacionada conaigo e que aqui relatoucomo sensi equivalente, é mesmo equivalente? Caso ache, confirma-se o que acima aventei, de se encaixar nos NEEs se voltasse à escola por qualquer razão.
    Cumprimentos

  8. Maradona, (ou será dona marada?), os erros foram cometidos por ter escrito o texto num tlm bem pequeno e ser bem difícil escrever e até corrigir os erros assim cometidos. Será essa uma razão para alguém ser considerado NEE? Talvez seja uma razão para isso, por quem também seja NEE.
    Se por qualquer razão a dona ficou sobressaltada, deixo aqui as minhas mil desculpas.

  9. Olha a dona maradonazinha. Pelos vistos nem sabes o que é moral nem sabes reconhecer e qualificar o que é um insulto. O que isso poderá querer dizer? Lá está, a falar ao vento e sem saber.
    E falas de alto e à conta dos senhores do ZAP serem adeptos da censura, pois cortaram-me 2 respostas mais pedagógicas para o “mmm” e para um certo maradonazinho equivocado, mas armado em defensor de artogantes ignorantes.
    Vamos lá moderadores do ZAP, não há duas sem três. Mais um corte de censura para fazer jus ao ditado.

  10. Maradonazinho (ou será “ccc”?), a tua pena vale tanto como lágrimas de crocodilo. Hipocrisias vãs e próprias dos defensores do politicamente correto, mas que do realmente correto pouco defendem, valem isso mesmo: NADA! Não foste capaz de perceber (ou não quiseste) que na minha primeira crítica, o dito “ccc” simplesmente “ despejou as suas frustações de forma intencionalmente cega e acrítica, pelo que insidiosa” em cima de alguns milhares de professores que por vezes durante bem mais de uma década andam (andaram) de sítio em sítio e a centenas de kms de casa e da família e sendo a única oportunidade de cumprirem a função que querem (queriam) cumprir. Falas de alto, para não dizer outra coisa bem pior (para não ser alvo de censura), porque pelos vistos tens as mesmas ideias que o “ccc” ou até que se calhar és o mesmo rapazinho (o tal do “ccc” que ficou calado e apareceste como o seu valete a defendê-lo, ou como o seu alter ego mas disfarçado (apenas mais uma pérola tua). Afinal aquele que precisa de ajuda é o que nem sequer é capaz de se olhar ao espelho e perceber que acaba por estar a dar conselhos sim, mas para si próprio. Faz bom proveito deles (do dito tratamento profissional) e trata-te, pois eu até podia tratar-te mas não reconheço que sequer mereças ou valhas a pena o esforço.

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