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Já há 1143 curados de Covid-19. Mortes sobem 3% e novos casos 2,8%

Jean-Christophe Bott / EPA

Portugal regista nesta quarta-feira 785 mortos associados à covid-19, mais 23 do que na terça-feira, e 21.982 infetados (mais 603), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). As pessoas curadas sobem para 11243.

Comparando com os dados de terça-feira, em que se registavam 762 mortos, hoje constatou-se um aumento percentual de 3%.

Também se verifica um aumento no número de pessoas recuperadas que agora são já 1143. São mais 226 pacientes curados do que ontem.

Relativamente ao número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, os dados da DGS revelam que há mais 603 casos, representando uma subida de 2,8%.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (454), seguida da região Centro (175), de Lisboa e Vale Tejo (138), do Algarve (11), dos Açores (6) e do Alentejo, que regista um morto, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados actualizados até às 24 horas de terça-feira.

Em termos de óbitos por faixas etárias, há 9 mortes com idades entre os 40 e os 49 anos, 20 mortes entre os 50 e os 59 anos, 67 entre os 60 e os 69 anos, 161 entre os 70 e os 79 anos e 528 entre pessoas com mais de 80 anos.

“Número dos óbitos não tem nenhuma dúvida”

Na conferência de imprensa de análise dos números, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, falou das estatísticas divulgadas sobre a mortalidade em Portugal, que indicam que, entre 16 de Março e 14 de Abril, houve um “excesso de mortalidade” que atingiu de “forma desproporcionada” pessoas com mais de 75 anos.

Graça Freitas referiu que “a DGS acompanha atentamente a mortalidade”, comparando com a “média dos cinco anos anteriores”.

“Não há forma de não termos óbitos registados” em Portugal, tendo em conta que “todos os certificados são electrónicos”, notou ainda a responsável da DGS, frisando que “não é possível proceder às exéquias fúnebres sem certificado de óbito” e que o “número dos óbitos não tem nenhuma dúvida”.

Durante a conferência de imprensa, o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, ainda anunciou que já foram contratados “mais de 1800 profissionais de saúde”. “São contratos a termo certo por quatro meses, com possibilidade de serem prorrogados por igual período de tempo”, referiu.

Sobre o facto de terem surgido muitos casos de doentes recuperados nos últimos dias, Lacerda Sales notou que Portugal tem tido um critério “muito apertado”, exigindo dois testes negativos antes de dar alta aos pacientes. Se não fosse assim, “teríamos muitos mais casos de recuperação”, concluiu.

Graça Freitas falou ainda dos problemas na plataforma SINAVE que é usada para contabilizar os números oficiais da Covid-19. “Temos intenções de o melhorar”, sustentou a directora-geral de Saúde, agradecendo a “resiliência” dos médicos que utilizam o sistema.

Relativamente ao caso dos migrantes contagiados num hostel de Lisboa, “estão todos bem e são adultos jovens de um modo geral”, destacou Graça Freitas. A directora-geral notou que “múltiplas entidades” estão a colaborar para detectar outras situações semelhantes, nomeadamente para “desconcentrar” as pessoas.

ZAP // Lusa

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