Portugal foi a Milão arrancar um empate sem golos ante a Itália, em jogo do Grupo 3 da Liga das Nações, e garantiram o apuramento para a final four da Liga das Nações.
Numa partida amplamente dominada pelos transalpinos, em especial no primeiro tempo, os campeões da Europa conseguiram o controlo dos acontecimentos apenas a partir de meio da etapa complementar, evitando um golo contrário que adiaria a decisão do agrupamento.
Com este desfecho, Portugal garantiu o primeiro lugar e a passagem à “final four” da competição.
O Jogo explicado em Números
- Início de jogo difícil para Portugal, face à grande pressão de Itália sobre o portador de bola luso, com o intuito de lançar rápidos ataques, se preciso fosse através de passes longos. No primeiro quarto-de-hora a formação da casa registava 64% de posse de bola, quatro remates, um enquadrado. Os campeões da Europa apenas um, por Bruma, bloqueado. Boa eficácia de passe dos transalpinos, com 86%, contra somente 69% dos lusos.
- O problema não se resolveu e, à meia-hora, os da casa já registavam 72% de posse, sendo que o recuo de Portugal complicara, por seu turno, a entrada da “squadra azzurra” na área portuguesa, devido à falta de espaços. Assim, neste intervalo de tempo os italianos só fizeram mais um remate, também sem a melhor direcção, num total de cinco – três disparos de fora da área.
- Marco Verratti era o italiano mais interventivo, com 51 acções com bola nesta fase, 43 passes certos em 46, um passe para finalização e muitos recursos técnicos, difíceis para Portugal travar. Adivinhavam-se, com estes números, estatísticas relevantes no final da partida, caso o médio do Paris Saint-Germain mantivesse o ritmo.
- Perto dos 40 minutos Portugal registava apenas um toque na bola dentro da grande área italiana, registado aos 11 minutos, na altura do único remate que a formação das “quinas” realizou na primeira metade, por Bruma, a passe de… Rui Patrício.
- Nulo ao descanso a penalizar apenas e só a Itália, pela sua falta de competência no momento da finalização.
- Os transalpinos dominaram por completo as operações, encostando Portugal “às cordas”, com 73% posse de bola, dez remates (só dois enquadrados), contra um dos lusos, e 89% de eficácia de passe, muito superior aos 66% que a equipa de Fernando Santos apresentou nesta etapa inicial.
- O melhor em campo a meio do jogo era Marco Verratti, com impressionantes 83 acções com bola, 89% de eficácia de passe, uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização e cinco recuperações de posse – um GoalPoint Rating de 7.0.
- Os primeiro 15 minutos após o descanso aprofundaram o fosso entre as equipas quanto à posse de bola, com os italianos a registarem 81% aos 60 minutos, para além de 93% de eficácia de passe. Ainda assim, apenas dois remates, desenquadrados, para os da casa nesta fase e um para Portugal, que continuava sem saber lidar com o “miolo” contrário.
- José Fonte era o português em maior destaque. O defesa-central registava um rating de 6.1 à passagem do minuto 70, com dois duelos aéreos defensivos ganhos e nove alívios, mais cinco que o segundo jogador com mais destas acções, o também luso Mário Rui.
- A entrada de João Mário, aos 68 minutos, para o lugar de Pizzi, deu mais consistência e organização ao meio-campo português, com o médio do Inter a estar perto de marcar aos 73 minutos. Porém o seu remate saiu por alto.
- Aos 76 minutos, William Carvalho obrigou Donnarumma a grande defesa, a disparo de fora da área, numa altura em que os portugueses chegaram aos seis remates no segundo tempo (três de Itália) e o único enquadrado. No que toca a posse, os campeões da Europa aumentaram para 32% desde o intervalo, para além de 83% de eficácia de passe.
- Nos minutos finais a Itália tentou um último esforço em busca do golo, mas nesta altura já Portugal tinha o jogo controlado, apesar de estar longe de dominar territorialmente. Assim, o jogo acabou sem golo, resultado suficiente para a Selecção nacional garantir o primeiro lugar no Grupo 3 da Liga das Nações e o apuramento para a “final four”.
O Homem do Jogo
Marco Verratti saiu aos 78 minutos, mas já tinha feito mais do que suficiente para terminar como o melhor jogador desta partida. Aliás, já o havia sido na primeira parte, altura em que apresentava números incríveis, mais ajustados a 90 minutos do que a 45.
O médio terminou com um GoalPoint Rating de 7.5, fruto, entre outros detalhes, de 128 acções com bola, 100 passes certos em 111, uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, quatro desarmes e três intercepções. Saiu exausto, pois foi um dos protagonistas do futebol de pressão intensa por parte dos transalpinos.
Jogadores em foco
- Alessandro Florenzi 6.4 – Jogo competente do romano pelo flanco direito. Com dois remates, ambos desenquadrados, realce para as 103 acções com bola, as sete recuperações de posse e as nove acções defensivas.
- Rui Patrício 6.3 – O melhor português na noite deste sábado. O guarda-redes esteve sempre muito seguro, registando três defesas, duas a remates dentro da sua grande área. Beneficiou da falta de espaços dos italianos para não ter mais trabalho do que teve.
- José Fonte 6.1 – Jogo muito consistente de José Fonte, obrigado a trabalho reforçado perante o recuo luso. O central do Lille registou dez alívios e ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou.
- João Mário 5.9 – O jogador do Inter jogou no “seu” estádio, mas apenas 25 minutos, ao entrar no segundo tempo. Contudo, foi fundamental no equilíbrio do meio-campo português, pois foi após a sua entrada que a turma das “quinas” segurou o jogo. O médio terminou com dois passes para finalização, dez passes certos em 11 e dois desarmes.
- Rúben Neves 5.7 – Com uma exibição longe de exuberante, o médio do Wolves foi, contudo, importante para o encurtar de espaços da manobra ofensiva italiana. No total somou 11 recuperações de posse (apenas menos uma que Jorginho) e três intercepções.
Resumo
// GoalPoint