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Israelitas são dos mais felizes do mundo (portugueses estão mais de 50 lugares atrás)

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Portugal caiu cinco posições no Relatório sobre a Felicidade Mundial 2025, onde aparece na 60.ª posição. Israel surpreende: é o 8.º país mais feliz do mundo.

Os portugueses estão menos felizes.

Em 2024, Portugal ocupou a 55.ª posição com 6.030 pontos; em 2025, houve uma queda de cinco lugares, resultado em 6.013 pontos.

A Finlândia é o país mais feliz do mundo pelo oitavo ano consecutivo, à frente de outros países nórdicos, que, mais uma vez, ocupam o topo da classificação – revela o estudo publicado pelo Centro de Investigação do Bem-Estar da Universidade de Oxford.

Finlândia, Dinamarca, Islândia e Suécia continuam a ser os quatro primeiros do ranking, pela mesma ordem; tal como o Afeganistão se mantém como o último classificado (147.º).

A classificação dos países baseia-se em respostas dadas por pessoas em inquéritos quando lhes é pedido que avaliem as suas próprias vidas. O estudo foi realizado em parceria com a empresa de análise Gallup e a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

A felicidade não tem apenas a ver com riqueza ou crescimento – tem a ver com confiança, ligação e saber que as pessoas nos apoiam”, explica o diretor executivo da Gallup, Jon Clifton, citado no relatório.

Famílias maiores são mais felizes

“Se queremos comunidades e economias mais fortes, temos de investir no que realmente importa: uns nos outros”, acrescenta.

Os investigadores afirmam que, para além da saúde e da riqueza, alguns fatores que influenciam a felicidade parecem aparentemente simples: partilhar refeições com outras pessoas, ter alguém com quem contar para obter apoio social e a dimensão do agregado familiar.

No México e na Europa, por exemplo, um agregado familiar de quatro a cinco pessoas é o que prevê os níveis mais elevados de felicidade, segundo o estudo.

Os EUA, onde o número de pessoas que jantam sozinhas aumentou 53% nas últimas duas décadas, caÍRAM para a posição mais baixa de sempre, a 24.ª, depois de já terem ocupado o 11.º lugar em 2011.

Perdi a carteira. Continuo feliz?

Acreditar na bondade dos outros também está muito mais ligado à felicidade do que se pensava anteriormente.

A título de exemplo, o relatório sugere que as pessoas que acreditam que os outros estão dispostos a devolver a sua carteira, se a perderem, são um forte indicador da felicidade geral de uma população.

Os países nórdicos encontram-se entre os primeiros lugares no que respeita à devolução esperada e efetiva de uma carteira perdida, segundo o estudo.

Generosidade perdeu força

Outra das conclusões do relatório, lançado no Dia Internacional da Felicidade (20 de março), revela que, embora os atos de generosidade tenham aumentado durante a pandemia de covid-19, perderam força, o que, segundo os especialistas, afeta o bem-estar global, porque esses atos são motores de felicidade coletiva.

“Ser bondoso e esperar a bondade dos outros são preditores mais fortes de felicidade do que evitar grandes acontecimentos negativos, como o crime ou as dificuldades económicas”, refere o documento.

Várias surpresas no ranking

Embora os países europeus dominem o top 20, há algumas exceções.

Por exemplo, apesar da guerra com o Hamas, Israel aparece em 8.º lugar.

Já a Costa Rica e o México ocupam pela primeira vez posições no top 10, ocupando o 6.º e o 10.º lugar, respetivamente.

No final do ranking, imediatamente antes do Afeganistão, a Serra Leoa, na África Ocidental, é o segundo país mais infeliz do mundo, antecedida pelo Líbano.

Todos os países estão classificados de acordo com as auto-avaliações de vida de pessoas inquiridas, calculadas em média entre 2022 e 2024.

Especialistas em economia, psicologia, sociologia e outros procuram explicar as variações entre países e ao longo do tempo, utilizando fatores como o Produto Interno Bruto per capita, a esperança de vida saudável, o facto de os respondentes terem alguém com quem contar, o sentimento de liberdade, generosidade e perceção da corrupção.

ZAP // Lusa

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