Isabel dos Santos afirma que João Lourenço deu ordens a procuradores, juízes e espiões angolanos para lançarem uma “campanha política” e processos para desmantelar o seu império de negócios.
A empresária acusa o Presidente de Angola de a perseguir, naquela que diz ser uma “vingança pessoal”.
Segundo o Financial Times, em causa está um processo aberto no Tribunal de Londres, onde a angolana afirma que João Lourenço tem como objetivo destruir o seu império empresarial.
A este propósito, Isabel dos Santos afirma que João Lourenço deu ordens a procuradores, juízes e espiões angolanos para lançarem uma “campanha política” e processos para desmantelar o seu império de negócios.
De recordar que João Lourenço substituiu o seu pai, José Eduardo dos Santos, como líder do segundo maior produtor de petróleo de África em 2017.
Enquanto o seu pai esteve no poder, Isabel dos Santos dominou os negócios em Angola. A empresária possuía um quarto da Unitel, uma empresa de telecomunicações, e era presidente da Sonangol, a empresa estatal de petróleo.
Ao longo dos últimos anos os seus interesses comerciais desmoronaram e Isabel dos Santos tem sido perseguida por vários tribunais desde a ascensão de Lourenço, que prometeu limpar o capitalismo de compadrio em Angola após quase quatro décadas de governação de José Eduardo dos Santos.
No entanto, o processo que se iniciou na semana passada, movido pela Unitel para exigir o reembolso de empréstimos feitos a Isabel dos Santos, marca uma reviravolta significativa. A empresária diz que as gravações secretas que estão em causa mostram que o presidente tinha uma “agenda política e uma vingança pessoal”.
De acordo com o mesmo jornal, o porta-voz de Lourenço não quis fazer comentários sobre o assunto.
A acusação tem como base as gravações secretas feitas pelo Black Cube, o grupo de inteligência privado israelita, fundado por ex-oficiais do Mossad, que foram anexadas ao processo judicial em causa.
Ao que tudo indica, a empresa acabaria por conseguir recolher relatos de vários membros da elite política e empresarial angolana sem o conhecimento dos mesmos, tendo sido relatada a existência de um grupo de trabalho governamental dedicado a visar a empresária, “utilizando os recursos do Estado angolano e do poder institucionalizado”.
Claro, claro… foi ele quem andou a criar empresas em nome da Isabelinha (ou “amigos” para depois pedir créditosà banca e comprar empresas por todo o lado!…
Isto enquanto desapareciam milhões da Sonangol onde, só por acaso, ela era presidente!!