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Irão tentou colocar um satélite em órbita. Falhou pela quarta vez consecutiva

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(h) IRIB / EPA

Um foguetão iraniano falhou este domingo a colocação em órbita de um satélite, o mais recente revés de um programa que, segundo os Estados Unidos, ajuda a República Islâmica a avançar no desenvolvimento de mísseis balísticos.

Ahmad Hosseini, porta-voz do Ministério da Defesa, disse que o Irão lançou o satélite para o espaço “com sucesso”, mas que não conseguiu colocar o Zafar 1 em órbita.

O lançamento do satélite de observação científica, a partir do porto espacial Imã Khomeini na província de Semnan, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Teerão, foi anunciado antes pelo ministro das Telecomunicações, Mohammad Javad Azari Jahromi.

O Governo admitiu depois que o lançamento “falhou”. “Mas somos INVULNERÁVEIS. Temos outros satélites iranianos incríveis a chegar”, adiantou na rede social Twitter.

Morteza Barari, chefe da agência espacial do Irão, indicou este dominho antes do lançamento que o aparelho, com 113 quilogramas e capaz de realizar 15 voltas completas à Terra por dia, devia ser colocado em órbita a 530 quilómetros do planeta e tinha sido concebido para estar operacional “mais de 18 meses”.

A sua principal missão será “recolher imagens”, disse o responsável, enfatizando as necessidades do Irão nesta área, em particular para estudar e prevenir terramotos e desastres naturais e desenvolver a agricultura.

O fracasso deste domingo ocorre depois de dois lançamentos falhados, os dos satélites Payam e Doosti, o ano passado, bem como de uma explosão de foguetões na plataforma de lançamento em agosto. Tal como frisa o Business Insider esta segunda-feira, esta é a quarta tentativa fracassada levada a cabo pelo Irão.

Os Estados Unidos alegam que tais lançamentos de satélites desrespeitam uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que apela ao Irão para não desenvolver atividades relacionadas com mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares.

Teerão afirma não ter qualquer projeto para obter a arma atómica e que os seus programas balísticos e espaciais são legais e não violam qualquer resolução da ONU.

Os Guardas da Revolução iranianos revelaram também neste domingo um míssil balístico de curto alcance, que pode, dizem, ser projetado por um reator de “nova geração” concebido para colocar satélites em órbita.

ZAP // Lusa

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