Irão ataca bases dos EUA se os norte-americanos ajudarem Israel

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Michael Reynolds / EPA

John Kirby e Karine Jean-Pierre em conferência de imprensa na Casa Branca

Aviso de ministro iraniano. Mas a Casa Branca não quer uma escalada ou uma “guerra alargada” no Médio Oriente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou neste domingo os EUA de que Teerão atacará “inevitavelmente” as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para “defender e apoiar” Israel, avança a Efe.

Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita a congénere iraniana, a agência ISNA, Hosein Amir Abdolahian alertou que “se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos EUA para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada”.

O chefe da diplomacia do Irão deu por concluída a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, que o governo do seu país atribuiu a Israel, e que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo dois generais.

Hosein Amir Abdolahjan referiu também que os países da região foram informados da operação 72 horas antes do seu início: “Informámos os nossos vizinhos e os países da região de que a resposta da República Islâmica do Irão no quadro da legítima defesa é certa”, disse Abdolahian.

O objetivo da ofensiva, lançada na noite de sábado, foi, segundo Abdolajhan, “apenas e só para o regime israelita”.

“O facto de nos limitarmos à legítima defesa e ao castigo do regime sionista significa que não definimos qualquer alvo civil na nossa resposta e que as nossas forças não visaram um local económico e populacional”, afirmou.

O ministro salientou que, desde o início da guerra em Gaza, a 7 de outubro, o Irão sempre se opôs ao aumento da tensão na região, segundo a Efe.

EUA não quer escalada

Os Estados Unidos da América não querem uma escalada nem uma “guerra alargada” no Médio Oriente, disse neste domingo o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, após o ataque do Irão contra Israel de sábado.

“Não procuramos uma escalada, não procuramos uma guerra alargada na região”, disse John Kirby em entrevista ao canal de televisão norte-americano NBC.

Kirby disse que a última noite demonstrou a capacidade de Israel de se defender e, questionado sobre se Israel retaliará, afirmou que compete a Israel decidir.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque contra Israel em resposta ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco.

O Exército israelita garantiu que foi capaz de repelir a maior parte dos ataques lançados pelo Irão e observou que nenhum dos ‘drones’ lançados por este país atingiu o território israelita.

As Forças Armadas israelitas também afirmaram ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os mísseis balísticos, “mais de 120”, que o Irão lançou contra Israel, em ataques que deixaram uma criança gravemente ferida em Israel e outras oito pessoas com ferimentos ligeiros.

Por seu lado, o Governo do Irão descreveu o ataque a Israel como um “sucesso” e, embora tenha anunciado que não tem intenção de continuar com a ofensiva, avisou que voltará a agir se necessário “para proteger os seus interesses”.

O ataque sem precedentes do Irão a Israel, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. EUA está na Guerra de Taiwan contra a China, EUA está na Guerra de Rússia contra a Ucrânia EUA está na Guerra de Israel contra o Irão, resumindo , os EUA se deixarem as Guerras será que as mesmas não acabam? Já se percebe que os EUA são os que mais querem as Guerras para poderem vender os sistemas bélicos

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