Um novo algoritmo pode prever se uma pessoa consegue pousar em Marte sem desmaiar devido à microgravidade.
A habitação humana permanente num corpo planetário que não seja a Terra, é um dos temas mais frequentes na ficção científica. A colonização de Marte é uma questão que tem vindo a ser estudada há vários anos, com o Planeta Vermelho a ser um dos principais candidatos a receber um assentamento humano.
Embora existam vários riscos associados a viajar para Marte, a maior preocupação é a exposição prolongada à microgravidade.
Especialistas em medicina espacial desenvolveram agora um modelo matemático para prever se um astronauta pode viajar com segurança para Marte e cumprir a sua missão pousando no planeta.
Cientistas da Australian National University simularam o impacto da exposição prolongada à gravidade zero no sistema cardiovascular para determinar se o corpo humano consegue tolerar as forças gravitacionais de Marte sem desmaiar ou ter um emergência médica.
“Com o surgimento de agências de voos espaciais comerciais como Space X e Blue Origin, há mais espaço para pessoas ricas, mas não necessariamente saudáveis, irem ao Espaço. Por isso, queremos usar modelos matemáticos para prever se alguém está apto a voar para Marte”, explicou o autor principal do artigo, Lex van Loon, citado pela Europa Press.
A exposição prolongada à gravidade zero pode tornar o coração lento porque não precisa de trabalhar tanto para combater a gravidade para bombear o sangue por todo o corpo.
“É por isso que você pode ver nas notícias astronautas a desmaiar quando pisam na Terra. Isto é uma coisa bastante comum como resultado de viagens espaciais, e quanto mais tempo você fica no Espaço, maior a probabilidade de você entrar em colapso quando retornar à gravidade”, realça a coautora Emma Tucker.
Se um astronauta desmaiar quando sair da nave ou se houver uma emergência médica, não haverá ninguém em Marte para ajudá-lo. É por isso que é necessário ter certeza absoluta de que o astronauta pode viajar em segurança e adaptar-se ao campo gravitacional de Marte.
Embora os dados usados para informar os parâmetros do modelo sejam de astronautas de meia-idade bem treinados, os investigadores esperam expandir o potencial do algoritmo. Isto daria aos cientistas uma imagem mais holística do que aconteceria se uma pessoa “comum” fosse para o Espaço.
Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista científica npj Microgravity.
Eu adorava mesmo ir a marte dentro de uma cápsulas era homem para isso