/

IPO sem capacidade para fazer exames a quem já teve cancro da mama

O IPO está a encaminhar mulheres que já tiveram cancro na mama para centros de saúde por não ser capaz de assegurar todas as mamografias de vigilância.

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa afirmou que não consegue dar resposta a todas as mulheres que precisam de realizar exames de seguimento do cancro da mama. Por isso, tem estado a caminhar essas pacientes para unidades de saúde e outros organismos de saúde.

Segundo o Diário de Notícias, as dificuldades do IPO são assumidas num documento interno do serviço de radiologia elaborado no último mês. Na missiva, o IPO afirma que não pode assegurar mamografias de vigilância a 12 meses a utentes que ainda não tiveram alta ao fim de cinco anos da cirurgia, dado que o número de pedidos é superior ao de vagas.

A solução proposta pelo hospital passa por sugerir às doentes que contactem os médicos de família para marcar as mamografias noutro local, de preferência nas suas áreas de residência.

Apesar de haver um despacho de 2011 que proíbe os hospitais de pedir aos centros de saúde para prescrever exames, a Sociedade Portuguesa de Senologia e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar chegaram a acordo no final de 2017 para dar seguimento nos centros de saúde de casos de cancro mais antigos.

No final de abril, avança o mesmo jornal, 38 mulheres acompanhadas no Instituto de Oncologia ainda não tinham realizado a mamografia/ecografia prevista para novembro e dezembro de 2017. As pacientes estavam à espera há mais de 16 meses por aqueles exames. Na mesma data, 450 mulheres já tinham ultrapassado os 12 meses de espera.

Responder a todos os pedidos de mamografias a tempo torna-se impossível para o IPO, isto porque aos mais de mil novos casos anuais de cancro da mama junta-se o elevado número de mulheres que já foram operadas e que ali continuam a fazer vigilância da doença.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.