/

Investigadores portugueses descobrem antídoto para o “chapéu da morte”

pahphotos / Flickr

Amanita phalloides, o "chapéu da morte"

Amanita phalloides, o “chapéu da morte”

Um estudo desenvolvido por investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto resultou na descoberta de um antídoto para cogumelos venenosos, responsáveis por 90 a 95% das mortes que resultam da ingestão de cogumelos silvestres.

Recorrendo a ferramentas modernas de simulação em computador, complementadas com estudos em animais de laboratório, a equipa da FFUP conseguiu descobrir um antibiótico – a polimixina B – eficaz nas intoxicações por cogumelos da espécie Amanita phalloides, também conhecida como “chapéu da morte”.

Para Félix Dias Carvalho, Professor Catedrático da FFUP e orientador do estudo, a importância da descoberta deve-se à urgência de “combater as toxinas presentes nestes cogumelos, denominadas de amatoxinas, que afetam diretamente o fígado e rins das pessoas intoxicadas”.

O estudo, que teve como primeiro autor a investigadora Juliana Garcia, foi publicado na conceituada revista de toxicologia Archives of Toxicology.

A espécie de cogumelos estudada é abundante em Portugal e tem sido responsável pela grande maioria – 90 a 95% – das mortes por ingestão de cogumelos, “para os quais até agora não existia antídoto eficaz”, explica o investigador.

Os investigadores da U.Porto acreditam que a descoberta será aplicada na clínica dentro de muito pouco tempo.

A polimixina B já se encontra disponível nas farmácias dos hospitais, podendo ser colmatada rapidamente a falta de alternativas eficazes numa intoxicação com elevada mortalidade e morbilidade”, aponta a investigadora Vera Costa, também envolvida no estudo.

Notícias UP

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.