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Investigadores da UP criam protótipo que mede sal na comida em 3 minutos

Para combater o excesso de consumo de sal, investigadores da Universidade do Porto inventaram um aparelho que vai permitir medir o sal na comida em três minutos.

O primeiro protótipo “é um equipamento portátil” composto por um ecrã parecido com o de um telemóvel com um “elétrodo que, quando introduzido na comida, mede a quantidade de sal”.

O projeto foi desenvolvido por investigadores das faculdades de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) e Engenharia (FEUP) da Universidade do Porto, com o objetivo de “reduzir o teor de sal quando vai para o consumidor”.

“Os dados de consumo de sal são excessivos, tendo em conta as recomendações para o consumo que são inferiores aos cinco gramas por dia”, indica ao JPN Carla Gonçalves, especialista em Ciências do Consumo Alimentar e investigadora principal do projeto.

“A máquina está habilitada a responder às bases da alimentação portuguesa. Tem um menu no qual selecionamos o alimento que vamos analisar e esse menu está adaptado à nossa realidade nacional”, explica a investigadora.

Até agora, o processo de medição da quantidade de sal na comida “demorava alguns dias”.

(dr) FEUP

A equipa de investigadores da FCNAUP e FEUP responsável pelo dispositivo

A equipa de investigadores da FCNAUP e FEUP responsável pela criação do dispositivo

Segundo Carla Gonçalves, era necessária “a recolha de uma amostra, por parte de um laboratório”, seguindo-se uma análise.

Joaquim Mendes, engenheiro mecânico da FEUP e colaborador na criação do protótipo, afirma que o aparelho é de fácil utilização.

É uma espécie de telemóvel, tem um ecrã tátil que a pessoa pode selecionar o tipo de alimento que está em análise e mediante isso o protótipo vai explicando quais os passos para fazer a medição”, esclarece o engenheiro

No final, para facilitar a leitura, temos um semáforo nutricional que dá uma indicação ao utilizador do nível de sal que está no alimento”, acrescenta.

Numa primeira fase, a máquina vai ser testada em instituições, hospitais, lares, infantários e escolas. No futuro, os investigadores pretendem que o aparelho possa ser usado em qualquer restaurante ou habitação.

Joaquim Mendes refere que o preço do aparelho poderá rondar os mil euros, mas garante que serão avaliadas alternativas de forma a diminuir o valor final do equipamento e permitir que este seja “usado de uma forma mais global”.

JPN

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