Investigadores criaram um atlas que abrange as estimativas de mortalidade por doenças, perturbações ou até fatores externos.
O estudo funciona como um recurso para estimar a redução na esperança de vida para uma gama abrangente de doenças.
O atlas será uma ferramenta útil para médicos, académicos e decisores políticos que procuram estabelecer ligações entre as doenças e as estimativas de mortalidade, bem como para investigadores que estudam doenças específicas.
A coleção detalhada de estimativas de mortalidade foi publicada a 16 de junho, na revista de acesso livre PLOS Medicine.
A métrica da mortalidade pode ajudar na tomada de decisões e na priorização dos recursos de cuidados de saúde, mas os estudos sobre mortalidade e várias doenças não têm sido normalmente muito abrangentes.
Oleguer Plana-Ripoll e outros investigadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, criaram um atlas de estimativas relacionadas com a mortalidade, baseado em dados não identificados sobre 7.378.598 pessoas que viveram na Dinamarca entre 2000 e 2018, segundo noticia a Science Daily.
Utilizaram registos nacionais para examinar indivíduos diagnosticados com 1.803 categorias específicas de doenças e geraram um painel de métricas epidemiológicas e de mortalidade, incluindo taxas de incidência, distribuições de idade e comparação de estimativas de mortalidade de pessoas doentes com a população geral, bem como anos de vida perdidos para cada uma delas.
A equipa preparou um atlas que permite visualizar os dados de forma interativa, de forma a facilitar a consulta dos resultados que obtiveram.
Uma limitação do estudo é a possibilidade de a associação entre as diferentes doenças e mortalidade poder ser explicada por outros fatores subjacentes, associados tanto à doença como à mortalidade.
Dados detalhados e acessíveis como estes permitem uma análise das associações entre um conjunto abrangente de perturbações e estimativas relacionadas com a mortalidade, e os resultados podem orientar a investigação na área da saúde, bem como servir de referência para avaliar futuras intervenções no setor.
“A maioria dos estudos anteriores utilizou medidas relativas de mortalidade ou estimativas grosseiras da esperança de vida. Aqui, utilizamos um novo método que capta com maior precisão a mortalidade prematura para mais de 1.800 condições de saúde diferentes”, referiu Plana-Ripoll.