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Kamala ou Trump a dominar a Casa Branca? Investidores preferem… ninguém

Preferem e prevêem. O resultado destas eleições deve ser muito apertado e os investidores até gostam deste equilíbrio.

É o assunto do dia na política internacional: as eleições presidenciais nos Estados Unidos da América realizam-se hoje, terça-feira.

É assunto na política, mas também na economia. É um dia em que os mercados mexem muito, em que pode ficar “tudo a arder”, como se diz no meio.

Os mercados financeiros não gostam de incerteza. Em alturas de campanha eleitoral como esta, podem mexer ainda mais.

No entanto, os investidores prevêem que desta vez reine a estabilidade, deixando de lado um cenário instável nos mercados.

As sondagens podem enganar, mas têm indicado que Kamala Harris e Donald Trump vão ter resultados muito semelhantes neste acto eleitoral.

Ou seja, independentemente do vencedor, o novo Governo dos EUA deverá ser dividido, sem domínio do Partido Republicano ou do Partido Democrata na Casa Branca, no Senado ou na Câmara dos Representantes.

O ECO destaca que os investidores preferem esse equilíbrio: fica mais difícil aprovar propostas mais polémicas.

Greg Meier, director e economista-sénior da Allianz Global Investors, prevê precisamente um Governo dividido e por isso, mesmo que Trump volte a ser presidente, devem ser aplicadas “acções internacionais e dos EUA mais fracas, mas um apoio ao dólar e ao ouro dos EUA, com implicações menos claras para os títulos do Tesouro dos EUA”.

Caso seja Kamala a vencer, deve prolongar medidas do ainda presidente Joe Biden. Aí “o impacto no mercado poderá ser mais neutro, com um possível apoio às acções e matérias-primas dos EUA.”

“Independentemente de quem ganhe, acreditamos que a política fiscal poderá ter um impacto surpreendentemente limitado, já que as propostas fiscais e de despesas mais agressivas dos candidatos não conseguem tornar-se lei sem o apoio do Congresso”, sublinha Greg Meier, citado no ECO.

Em cenário de Governo dividido, “o destino dos cortes fiscais de 2017 provavelmente será misto, com algumas disposições a expirar, enquanto outras poderão ser prorrogadas ou restringidas”, completou.

Se Donald Trump ganhar, a banca e as empresas petrolíferas dos EUA devem aplaudir; se Kamala Harris for presidente, as empresas de energias renováveis, infraestruturas (e o mercado no geral) agradecem.

ZAP //

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