Inventor criou uma válvula contracetiva que se liga e desliga sempre que um homem quiser

O inventor alemão criou uma válvula que consegue controlar os canais que levam o esperma dos testículos para fora do corpo de um homem.

Clemens Bimek é o inventor responsável por este dispositivo revolucionário que impede que o esperma de um homem seja libertado quando este assim o decidir.

Denominada “Bimek SLV”, este aparelho funciona, no fundo, como se fosse uma vasectomia portátil com dois botões: ligar e desligar.

A válvula é colocada em cada canal de esperma. Quando o interruptor está fechado, interrompe o fluxo de células de esperma e permite que o mesmo possa ser absorvido pelo organismo.

Por outro lado, quando está aberta permite a passagem do esperma pelos canais. O interruptor pode ser alterado a partir da pele do escroto e tem também um instrumento que previne que o aparelho não se ligue de forma acidental.

O dispositivo é feito, sobretudo, à base de PEEK Optima, um biomaterial utilizado nos implantes médicos. Os outros elementos, tal como parafusos e molas, são feitos com uma liga de metal não magnético.

Para já, o inventor alemão é a única pessoa na qual foi introduzido este aparelho, estando atualmente à procura da aprovação médica e de investimento que o permita começar a comercializá-lo.

Os primeiros testes do SLV vão acontecer já este ano com 25 voluntários mas há ainda um longo caminho pela frente, uma vez que precisa de ser aprovado pelas entidades responsáveis de cada país antes de entrar no mercado.

Tal como muitas invenções médicas, nem todos os especialistas acreditam que esta ideia vá funcionar. Segundo o Daily Mail, Wolfgang Buhmann, um porta-voz da Sociedade Alemã de Urologistas, afirma que a válvula pode ter efeitos secundários negativos.

Por exemplo, a válvula poderá levar à formação de cicatrizes nos respetivos canais, uma situação que pode impedir a passagem do esperma e causar até problemas de infertilidade a longo prazo. Outra preocupação é que o esperma pode ficar preso na válvula e entupir o canal ao longo do tempo.

Se os ensaios e certificações federais forem aprovados, a empresa espera ver o produto disponível no mercado a partir de 2018. Estima-se que a cirurgia para implantar o SLV custe cerca de cinco mil euros.

ZAP / Hypescience

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