Amnistia lembra que o mundo está a assistir “a ataques intencionais a infraestruturas civis, casas ou bombardeamentos de escolas”.
A invasão russa da Ucrânia é uma “repetição” da situação na Síria, com uma “multiplicação de crimes de guerra” após um mês de conflito, alertou na segunda-feira a Amnistia Internacional (AI) na apresentação do seu relatório anual.
“O que está a acontecer na Ucrânia é uma repetição do que vimos na Síria“, sublinhou Agnès Callamard, secretária-geral da Organização Não-Governamental (ONG), à agência France Presse (AFP).
“Estamos [a assistir] a ataques intencionais a infraestruturas civis, casas ou bombardeamentos de escolas”, reaçou, acusando a Rússia de permitir que corredores humanitários se transformem em “armadilhas de morte“.
Os investigadores da ONG documentaram durante dez dias na Ucrânia o uso “das mesmas táticas usadas na Síria ou na Chechénia”, incluindo ataques contra civis e o uso de armamento proibido pelo direito internacional, segundo Marie Struthers, diretora da Amnistia Europa Oriental e Ásia Central.
A responsável, que falava na África do Sul, dirigiu-se às cerca de 20 nações africanas que, no início de março, se abstiveram durante a votação de uma resolução das Nações Unidas, que pedia a retirada das forças russas, insistindo que “perante a Rússia, não pode haver neutralidade“.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
O relatório da AI 2021-2022 aponta também que, após mais de dois anos de pandemia de covid-19, ocorreram ataques aos direitos humanos sob o pretexto de combater a propagação do vírus.
“Em todo o mundo, os estados impediram e dispersaram indevidamente manifestações, às vezes sob a cobertura de regulamentos destinados a impedir a propagação do coronavírus”, principalmente nos Camarões, Costa do Marfim e Chade.
Leis que restringem as liberdades de expressão, manifestações ou reuniões pacíficas foram introduzidas em pelo menos 67 dos 154 países investigados, incluindo o Camboja, Egito, Estados Unidos, Paquistão e Turquia.
O coronavírus SARS-CoV-2 já matou mais de seis milhões de pessoas no mundo, desde que surgiu na China no final de 2019, segundo dados da OMS.
Com o avanço da vacinação, muitos países têm vindo a diminuir gradualmente as restrições sanitárias.
Até cometeram o crime de limpar o Estado Islâmico…
“Estamos [a assistir] a ataques intencionais a infraestruturas civis, casas ou bombardeamentos de escolas” Quem diz isto não sabe o que é a guerra ou é mal intencionado (mais provável). Os ucranianos usam os edifícios habitacionais como zonas militares e estacionam peças de artilharia, carros de combate, etc junto a essas infraestruturas para lhes servirem de escudos humanos e posteriormente tentar incriminar o oponente.
Bastante interessante. Tinha como partilhar a fonte dessa informação?
O Major General Carlos Branco já explicou isso, como os atiradores de misseis anti carro utilizam os edifícios residenciais para visarem os oponentes. Basta ver no youtube. E um amigo meu que tem família na Ucrânia em Berdyansk também confirmou isso.
E fazem muito bem – mas é sem civis, como é obvio!…
Eles tem que se defender como podem…
“E um amigo meu que tem família na Ucrânia…”
Hahahaaaaa…
Esse Major General (na reserva, felizmente) além dos disparates, só refere o que é mais do obvio.
Isso é obvio.
Claro que, ao contrário dos russos que não tem qualquer respeito pela vida humana – nem sequer pela vida dos próprios russos – os ucranianos usam infraestruturas civis (é o que tem!!) mas NÃO o fazem quando há lá civis ucranianos; mau seria – eles não são como os russos!…
Se calhar os cobardes sanguinários russos estavam à espera que eles fossem para um lugar isolado, descampado e marcado onde seriam alvos fácies, não??
Defendem-se como podem e tem dado uma lição aos russos em todos os aspetos!!
“junto a essas infraestruturas para lhes servirem de escudos humanos e posteriormente tentar incriminar o oponente.”
Tentar incriminar? Hahahaaaa…
Então os russos invadem um país sem qualquer razão ou guerra declarada, destroem tudo cometendo todo o tipo de crimes de guerra e os ucranianos ainda precisam de mais para “tentar incriminar” os invasores??
Boa…
Além disso, as infraculturas civis não são “humanas”, portanto não são escudos humanos!…