Uma nova pesquisa descobriu noves genes e três vias biológicas que controlam a ativação da produção de renina, uma hormona que controla a pressão arterial.
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Virgínia (UVA) descobriram um mecanismo-chave que permite que certas células se transformem e produzam renina, uma hormona fundamental para o controlo da pressão arterial.
Esta descoberta tem potencial para o desenvolvimento de novos tratamentos para a hipertensão, ao visar o “interruptor” genómico que controla a produção de renina.
A renina é normalmente produzida por células renais especializadas para ajudar a manter a tensão arterial.
No entanto, os investigadores descobriram que as células musculares lisas, que normalmente se contraem e relaxam para controlar a pressão sanguínea, podem mudar de função e começar a produzir renina quando a pressão sanguínea desce significativamente durante períodos prolongados. Esta capacidade tinha sido um mistério até agora.
A investigação, relatada num estudo publicado na Hipertension, identificou nove genes e três vias biológicas que regulam esta transformação. Estes genes controlam quando as células musculares lisas deixam de produzir renina e quando retomam a produção em determinadas condições. Embora as células parem naturalmente a produção, permanecem “preparadas” para recomeçar, se necessário.
Esta descoberta esclarece a capacidade natural do organismo para regular a pressão sanguínea e pode ser fundamental para compreender como os medicamentos comuns para a pressão sanguínea afetam a função e a doença renal ao longo do tempo, explica o SciTech Daily.
A descoberta fornece um mapa abrangente da regulação da renina, que poderá orientar futuras investigações sobre tratamentos para a tensão arterial elevada e doenças relacionadas. Poderá também ajudar a resolver a progressão da lesão renal conhecida como fibrose, que está ligada à produção excessiva de renina.
Os investigadores estão agora empenhados em identificar marcadores e potenciais alvos terapêuticos para atenuar os efeitos indesejáveis da estimulação crónica da renina. Esta investigação representa um passo significativo no sentido de tratamentos mais direcionados e eficazes para um dos problemas de saúde mais frequentes atualmente.