Insulina “inteligente” responde às alterações do nível de açúcar no sangue em tempo real

Os cientistas desenvolveram um tipo de insulina que pode responder às alterações dos níveis de açúcar no sangue em tempo real.

Segundo o Futurism, os cientistas estão a anunciar este desenvolvimento como uma solução potencialmente revolucionária para os diabéticos.

“As insulinas que respondem à glicose — as insulinas inteligentes — são consideradas o Santo Graal da insulina“, disse Tim Heise, vice-presidente do painel consultivo científico de novas insulinas para o Grande Desafio da Diabetes Tipo 1 no Reino Unido.

Porquê? “Estariam tão perto de uma cura para a diabetes tipo 1 como qualquer terapia medicamentosa”, explicou Heise.

Equipas de investigação dos EUA, Austrália e China desenvolveram novas fontes de insulina que permanecem adormecidas no corpo e que podem ser ativadas e desativadas conforme necessário, imitando assim a resposta natural do corpo humano à alteração dos níveis de açúcar no sangue.

Atualmente, a insulina utilizada pelos diabéticos tem de ser injetada repetidamente, de duas em duas horas, tornando-se um processo laborioso para quem sofre de diabetes tipo 1.

As recém-desenvolvidas “insulinas responsivas à glicose” (GRIs) são ativadas quando os níveis de açúcar no sangue aumenta. Depois, são novamente inativadas quando os níveis de açúcar no sangue ultrapassam um determinado limite.

De acordo com os especialistas, os diabéticos poderão ter de injetar a insulina inteligente apenas uma vez por semana.

Se isto parece muito distante, considera o facto de os investigadores já terem recebido milhões de dólares em subsídios do Governo Britânico para ajudar na sua investigação, de acordo com o The Guardian.

Outros projetos de investigação que receberam subsídios incluem esforços para afinar a insulina inteligente para uma resposta mais rápida e precisa às alterações do nível do açúcar no sangue.

Atualmente, os GRIs ainda sofrem de atrasos após a injeção, o que pode fazer com que os níveis de açúcar no sangue subam para níveis inseguros.

“Embora a insulina salve vidas há mais de 100 anos e a investigação anterior tenha conduzido a mudanças importantes para as pessoas com o tipo 1, ainda não é suficiente — gerir os níveis de glicose com insulina é muito difícil e está na altura de a ciência encontrar formas de aliviar esse fardo”, disse o diretor de parcerias de investigação da Juvenile Diabetes Research Foundation UK.

“Temos esperança de que esta investigação conduza a avanços que mudem a vida no tratamento da diabetes tipo 1“, acrescentou Elizabeth Robertson, diretora de investigação da Diabetes UK.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.