As instruções detalhadas para cometer suicídio foram encontradas em vídeos infantis da aplicação YouTube Kids. Interrompendo o vídeo infantil, um homem simulava movimentos do pulso a ser cortado.
A aplicação YouTube Kids é, supostamente, protegida por um algoritmo que apenas fornece conteúdos próprios para crianças. Contudo, segundo denúncias de uma pediatra, alguns vídeos infantis continham incentivos ao suicídio.
O conteúdo foi encontrado enquanto a pediatra (que preferiu manter o anonimato) assistia a desenhos animados com o seu filho. Quatro minutos e quarenta e cinco segundos de vídeo volvidos e os desenhos animados são interrompidos com as imagens de um homem a simular cortes nos pulsos.
“Lembrem-se, miúdos, cortes paralelos para chamar a atenção, verticais para conseguirem resultados”, diz o homem, que aparentemente se trata de Joji, um YouTuber anteriormente conhecido como Filthy Frank. O clip foi retirado de um dos seus antigos vídeos de humor.
Dez segundos depois, os desenhos animados anteriores retomam como se nada tivesse acontecido. Após ser denunciado, o vídeo foi imediatamente retirado da plataforma. Preocupadas, as mães acabaram por encontrar dezenas de outros vídeos no YouTube Kids, com conteúdos impróprios para crianças.
Um porta-voz do YouTube já se manifestou em relação ao assunto, dizendo que “agradece o facto de as pessoas terem denunciado este conteúdo problemático. Os vídeos denunciados são revistos manualmente 24/7 e serão eliminados da aplicação“.
“Estamos a fazer melhorias constantes no nossos sistema e reconhecemos que há mais trabalho a ser feito”, conclui o porta-voz. Estão também a ser criadas novas ferramentas para que os pais possam ter um controlo maior sobre os conteúdos que os filhos têm acesso.
A presidente da Associação Americana de Psicologia, Nadine Kaslow, em declarações ao Washington Post, disse que eliminar os vídeos não é suficiente. “Para as crianças que foram expostas a este conteúdo, não há volta a dar“.
Ainda na semana passada, o YouTube perdeu a Epic Games (criadora do vídeo-jogo Fortnite) como patrocinadora, devido a um escândalo de predadores sexuais na plataforma.
“Para as crianças que foram expostas a este conteúdo, não há volta a dar” ahahaha muito bom…
Epá amanhã já nem se lembram, a não ser que pediatras e noticias como esta estejam constantemente a relembra-los!
Não deves ter filhos…. é-te demasiado fácil um comentário tão ligeiro quanto esttúúpido…
Estamos na era do vale tudo e onde tudo é permitido, daí o constatarmos que cada vez mais a sociedade está à deriva e mais desumanizada, democracia e liberdade não podem cair numa situação destas pois correm o risco de se mutilarem a si mesmo.