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Inquéritos à morte de jovem que esteve 11 vezes nas urgências prescreveram

Dos quatro inquéritos abertos para investigar a morte da jovem que morreu com um tumor na cabeça, depois de 11 vezes nas urgências, só um poderá avançar.

O caso de Sara Moreira, a jovem de 19 anos que morreu com um tumor na cabeça depois de ter estado 11 vezes nas urgências, foi tornado público em junho passado e até hoje estão a ser apuradas responsabilidades.

Mas agora, segundo o Diário de Notícias, dos quatro inquéritos abertos para investigar o caso, que ocorreu no Hospital Padre Américo, em Penafiel, apenas um terá algum efeito.

Na altura, os processos foram abertos pela Administração Regional de Saúde do Norte e pela Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, aos quais se juntaria um da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), após o pedido do ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes.

No entanto, de acordo com o DN, esta entidade informou já este mês que nem sequer chegou a abrir o inquérito porque a sua “competência” estava esgotada por “efeito de prescrição” do caso.

Num ofício entregue aos deputados do Bloco de Esquerda José Soeiro e Moisés Ferreira, o IGAS explica que os “factos ocorreram há mais de um ano”.

Segundo uma fonte ligada a este organismo, os outros dois inquéritos também não deverão poder avançar por serem de caráter administrativo.

Assim sendo, o único inquérito que poderá dar resposta à investigação será o do Ministério Público de Penafiel, escreve o diário.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o processo estava a aguardar, desde dezembro de 2014, por um parecer do Conselho Médico-Legal, documento esse que já foi enviado para o MP.

A jovem, natural de Recarei, Paredes, deu entrada 11 vezes nas urgências do hospital e o diagnóstico foi sempre “estado de ansiedade”.

Apesar de ter fortes dores de cabeça, vómitos, perdas de consciência e dificuldade em controlar a urina, nunca foi submetida a uma tomografia axial computorizada (TAC) ou a uma ressonância magnética.

Acabaria por morrer, em 2013, com um tumor na cabeça com 1,670 quilogramas.

ZAP

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