Os ingleses que tentarem passar férias fora do Reino Unido, nos próximos tempos, podem arriscar ter de pagar uma multa de 5 mil libras (cerca de 5.800 euros). A medida pode vir a vigorar até Junho.
Nesta altura, os ingleses já não podem passar férias no estrangeiro no âmbito das medidas de confinamento devido à pandemia de covid-19.
Contudo, estas normas terminam na próxima segunda-feira. Nessa altura, deve entrar em vigor uma nova legislação que prevê multas de 5 mil libras para quem viajar para fora de Inglaterra sem uma boa razão.
Esta legislação vai ser discutida no Parlamento, na próxima quinta-feira, mas a imprensa inglesa dá a medida como certa.
A SKy News avança mesmo que a proibição de viajar para o estrangeiro em férias pode vigorar até 30 de Junho.
O Daily Mail avança que as companhias aéreas British Airways e easyJet já estão a cancelar voos para datas posteriores a 17 de Maio.
Esta era a data inicialmente prevista para a reabertura das viagens para o exterior, mas os novos surtos de covid-19 em vários países, como Alemanha e França, levantam dúvidas de que se mantenha.
Porém, há várias excepções que permitem as viagens para o estrangeiro, entre as quais motivos de trabalho, voluntariado, educação, responsabilidades parentais, necessidades médicas e presença em casamentos ou funerais.
Além disso, também pode sair do país quem compre ou venda um imóvel fora do Reino Unido ou precise de fazer obras numa propriedade no exterior.
Esta excepção é conhecida no Reino Unido como a “cláusula Stanley Johnson” numa referência ao pai do primeiro-ministro, Boris Johnson, que foi apanhado a viajar para a Grécia contra as recomendações do Governo do seu próprio filho.
Para viajarem ao abrigo destas condições legais, os britânicos devem apresentar um formulário de “Declaração para viajar”, apontando uma razão válida para deixarem o país.
O Reino Unido já vacinou 28 milhões de pessoas contra a covid-19, o que constitui mais de metade da população adulta do país.
No total, morreram 126.284 pessoas, no Reino Unido, desde o início da pandemia de covid-19. Trata-se do número mais alto da Europa e do quinto mais elevado a nível mundial, atrás de EUA, Brasil, México e Índia.
O balanço sobe para 148.125 mortes se forem somados os casos cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus como factor contributivo.
