Inglaterra 0-0 Estados Unidos | Cimeira anglo-americana desilude

Neil Hall / EPA

Jogo do Mundial de 2022 entre EUA x Inglaterra

O jogo prometia, pela goleada de Inglaterra na primeira jornada – 6-2 ao Irão – e a filosofia atacante dos norte-americanos, mas tudo acabou por desiludir.

A principal culpada terá sido mesmo a formação britânica, que contrapôs ao futebol mais intenso dos Estados Unidos uma abordagem cautelosa, a tirar vertigem ao jogo. O resultado foi defesas mais competentes que os ataque, ocasiões escassas e um nulo, o quinto em 20 partidas neste Qatar 2022, que teve como principal figura um “patinho feio”.

Muito pouco futebol

Duas equipas com estratégias completamente distintas. Inglaterra privilegiou a posse de bola, o adormecimento do jogo, numa tentativa, talvez, de enervar uma formação dos Estados Unidos, à qual o empate não interessava muito, pois somara apenas um ponto na primeira jornada.

Os ingleses, contudo, não fortaleceram convenientemente a sua linha recuada e, aos 26 minutos, Weston McKennie desperdiçou uma ocasião flagrante, atirando por cima. Aos 33 foi a vez de Christian Pulisic atirar com estrondo à barra e os ingleses apenas equilibraram em ocasiões perto descanso.

Perante a maior acutilância americana, o melhor ao intervalo era o central inglês Harry Maguire, com cinco passes longos em seis e um bloqueio de remate.

O jogo encaminhava-se para o fim, deixando no ar uma espécie de desilusão face às expectativas de bom espectáculo e golos que as duas formações, em especial a inglesa, tinham obrigação de proporcionar. O nulo persistiu, sendo o quinto em 20 partidas até agora no Qatar 2022.

Melhor em Campo: Harry Maguire

Muitos duvidaram, mas o homem cumpriu. Harry Maguire fez um belíssimo jogo ante os Estados Unidos e foi o melhor em campo. Terminou com oito alívios que realizou, máximo do jogo, mas também três duelos aéreos ganhos em quatro, 94 acções com bola (segundo valor mais alto), dez passes progressivos e sete longos certos em dez.

Destaques da Inglaterra

Luke Shaw (6.3) – O lateral-esquerdo costuma aparecer nas grandes competições de seleções e fê-lo de novo esta sexta-feira, com um bom jogo, animado com uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, dez passes progressivos e dois super progressivos, e dois duelos aéreos defensivos ganhos em dois.

Declan Rice (5.9) – O médio destacou-se no passe, com 92% de eficácia, mas trabalhou imenso e acumulou sete acções defensivas, com destaque para três intercepções.

Destaques dos Estados Unidos

Turner (6.5) – O guardião foi o melhor dos Estados Unidos, tendo realizado três defesas, duas a remates na sua grande área, e fez quatro saídas pelo ar eficazes.

McKennie (5.7) – O jogador da Juventus foi dos mais perigosos, mas foi desaparecendo à medida que o relógio avançava. Teve nos pés uma ocasião flagrante na primeira parte, mas desperdiçou-a, e realizou duas conduções super progressivas.

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