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Menos de 1% dos infetados estavam registados na app StayAway Covid

stayawaycovid.pt

Menos de 1% das pessoas infetadas com covid-19 desde a disponibilização da app StayAway Covid notificaram a sua infeção. Já mais de 2,6 milhões de pessoas têm a aplicação.

Desde o lançamento da aplicação de rastreio de contactos StayAway Covid registaram-se 232 mil casos com covid-19 em Portugal. No entanto, apenas 1.955 pessoas sinalizaram a sua infeção na aplicação móvel, o que corresponde a 0,8% do número total de doentes, escreve o Jornal de Notícias.

Os dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) revelam que 2,6 milhões de pessoas já descarregaram a app.

Desconhecem-se as justificações para tão poucas infeções serem sinalizadas. Poderão não ter recebido o código para inserir na aplicação ou, simplesmente, não quiseram colocá-lo, escreve ainda o jornal.

Os SPMS revelam que foram realizadas 757 chamadas para a linha SNS24, na sequência de notificações pela Stayway Covid.

No mês passado, a revista Visão escrevia que, do total de novos casos diários entre 1 de setembro e 12 de novembro, só 1% tinham sido efetivamente registados na StayAway Covid.

“Se o número de códigos fornecidos pelo Sistema Nacional de Saúde continuar tão baixo, o impacto da app manter-se-á muito limitado”, admitiu, na altura, Rui Oliveira, Administrador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), responsável pelo desenvolvimento da app.

António Costa chegou a considerar tornar a utilização da aplicação de rastreio obrigatória, algo que foi muito contestado e que obrigou o Governo a recuar.

Há duas semanas, o ZAP escrevia que, dois meses e meio após a aplicação ter sido disponibilizada, mais de 2,6 milhões de pessoas fizeram download, mas os códigos não chegam a 3,3% dos casos registados desde então.

Rui Oliveira revelou ao semanário que tinham sido gerados pelos médicos 6.022 códigos e inseridos apenas 1.651. Tendo em conta que foram identificados 184.997 infetados desde setembro [até 20 de novembro], a percentagem dos códigos a fazer chegar aos doentes ficava-se pelos 3,26% – e nem todos foram inseridos.

ZAP //

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