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Cientistas descobrem como induzir hibernação em ratos

Duas equipas de investigadores identificaram grupos de neurónios que, quando estimulados, colocam os ratos num estado de torpor.

Dois estudos descobriram mecanismos que podem ser usados para induzir ratos a entrar em torpor, um estado em que o metabolismo é desacelerado e a temperatura do corpo diminui para economizar energia, algo que acontece naturalmente quando os animais entram em hibernação no inverno.

Apesar de não hibernarem, os ratos entram num estado de torpor, desencadeado por falta de alimentação e por baixas temperaturas, durante períodos relativamente reduzidos. Os investigadores conseguiram agora identificar a genética e a fisiologia dos ratos que conduz ao torpor e os neurónios que controlam a entrada para este estado.

O ArsTechnica detalha que os cientistas de Boston, nos Estados Unidos, conseguiram monitorizar a atividade em 190 regiões do cérebro dos roedores, comparando os dados dos que estavam em torpor induzido, dos do que permaneceram ativos.

Depois, injetaram genes, de forma faseada, nestas regiões para ativar os neurónios aí presentes e concluíram que ao ativar os que estão no hipotálamo anterior conseguem induzir um estado equivalente ao torpor.

A segunda equipa, desta vez sediada no Japão, seguiram uma proteína (implicada na alimentação e na ansiedade) até às células que a produzem no cérebro e estudaram-na em detalhe.  Depois de manipularem estas células, os cientistas conseguiram que estas passassem a produzir o mesmo gene ativado por fármacos usados pela equipa dde Boston.

Quando foram injetadas as células corretas, os ratos também caíram num estado equivalente ao torpor. A temperatura do corpo (geralmente acima dos 40 graus) caiu para menos de 30 graus durante 48 horas, a atividade cardíaca baixou e o consumo de oxigénio foi reduzido.

Os cientistas vão continuar a estudar estes neurónios e tentar identificar mais benefícios do estado de torpor. Os artigos científicos (que podem ser consultados aqui e aqui) foram ambos publicados na Nature.

ZAP //

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