Numa resolução fundamentada apresentada em tribunal, na qual defende a expulsão da falsa professora, João Costa atacou a “falta de respeito e lealdade” de Paula Pereira.
O caso de Paula Pinto Pereira, uma professora de Matemática que lecionou durante quase quatro décadas sem possuir um diploma universitário, gerou grande controvérsia e indignação no sistema educativo português.
João Costa, ex-ministro da Educação, classificou o comportamento da docente como “indigno” e “intolerável”, criticando a sua permanência no ensino sem as qualificações adequadas.
O caso veio a público quando Paula Pereira, de 61 anos, tentou contestar a sua expulsão do sistema de ensino através de uma providência cautelar. No entanto, Costa argumentou que permitir que a docente continuasse a lecionar prejudicaria a imagem do Ministério da Educação e a confiança da comunidade educativa no sistema.
“Alunos, professores, trabalhadores e encarregados de educação devem ter a percepção de que a administração não é tolerante e permissiva face a tal conduta”, escreveu João Costa numa resolução fundamentada que apresentou em tribunal para travar a suspensão da expulsão.
O ex-ministro destacou a falta de “respeito, lealdade, seriedade e honestidade” da professora, especialmente por se tratar de uma educadora responsável pelo desenvolvimento de futuros cidadãos, refere o Público.
A trajetória de Paula Pereira revela uma série de fraudes no seu percurso académico. Durante os anos 80, enquanto frequentava o curso de Ensino de Matemática, a docente conseguiu aprovar em apenas nove disciplinas em oito anos.
Contudo, falsificou certificados para assegurar posições em diversas escolas, começando pela Secundária do Barreiro. Posteriormente, forjou diplomas de bacharelato e licenciatura, e até um mestrado fictício na Universidade da Madeira, que lhe garantiu uma progressão na carreira e um aumento salarial.
Apesar das irregularidades, a professora contou com o apoio de pais e colegas na Escola Secundária Daniel Sampaio, onde lecionava desde 1989. Foi elogiada pela sua “dedicação invulgar” e “competência”, sendo vista como uma mais-valia para a escola. No entanto, as investigações culminaram na sua expulsão do sistema de ensino em 2023.
O Ministério da Educação reconheceu a existência de falhas no registo biográfico dos docentes, cuja digitalização ainda está em curso.
Embora Paula Pinto Pereira tenha sido expulsa, o Ministério Público continua a investigar o caso, enquanto a docente e o ministério se preparam para uma nova disputa no Supremo Tribunal Administrativo, envolvendo a devolução de cerca de 350 mil euros de salários recebidos indevidamente.
apoiada a tomada de posição mas falam tão bem estes politicos. Fervorosos nas suas convicções. Pena não ser transversal quando fazia parte do governo! Nessa altura tambem devia ter sido fiel as suas causas com tantos casos e casinhos
«…Há muita gente que não tem qualidades nem capacidades de ensino, não devia estar a ensinar, não por razões morais mas por razões técnicas, profissionais, porque não sabem para elas quanto mais para os outros…» – Joaquim Letria
Então agora querem falar de qualificações adequadas? LOL
Não conheço nenhum político com qualificações adequadas, alguns até com qualificações falsificadas.
Concordo que Supremo Tribunal Administrativo deva atuar em concordância com a lei, mas deverá ser coerente e aplicar a mesma lei sem impunidade.
Portugal merece melhor!
Afinal esta docente apesar de sem canudo, desenvolveu a sua atividade profissional de forma tão exemplar que o “patrão” levou 30 anos para descobrir a sua fraude (e só após denuncia anónima), ora isto leva-me a crer que o dinheiro que recebeu, serviu como pagamento justo pelo serviço efetuado, o que me leva a crer, que foi merecido, no entanto, parece que se a “professora” não tendo canudo, deveria, aos olhos do “patrão” receber menos, independentemente da qualidade do serviço efetuado ter sido ou não de boa qualidade. Não cumprir a lei é mau… ou talvez não, é que no nosso país o que se faz com muita frequência é mudar a lei, aquando dos interesses de alguns, e neste caso os nossos políticos estão a sentir-se enganados por esta docente, talvez expondo a própria incompetência, no entanto, existem milhões de Portugueses a sentirem-se da mesma forma em relação a esses mesmos políticos, será que também temos direito a indemnização?
É….vamos deixar uma criminosa apanhada continuar a cometer os crimes……minha nossa senhora, este país é uma vergonha. Os portugueses no geral, não prestam e é por isso que vivemos nesta miséria. Não há qualquer dignidade.
Olha lá o ZÉ, tens o nome certo mesmo ZÉ. Dizes tu “os portugueses no geral, não prestam” pois te digo tu és português dos mais rascos, i é por isso que ainda há ignoranteso povo PORTUGUÊS, presta e é bom povo, Ó ZÉ.
Temos um conjunto de artistas que pressupostamente são muito competentes e enterraram mais 500 milhões na EFACEC.
O mesmo conjunto de artistas enterrraram 3200 milhões na TAP
Esses tem todos canudo e muitas e excelentes competências como se vê.
Naturalmente a pseudo professora esteve mal, mas nada é referido quanto ao aproveitamento dos alunos que teve ao longo desses 30 anos e isso é que é relevante para apurar o grau da falha, não é o que recebeu ou deixou de receber.
Este pseudo ministro coxo, que nada resolveu, devia ter vergonha de liderar uma organização onde professores melhor graduados são ultrapassados por professores menos graduados em concursos, mas vergonha é algo que o coxo não tem !!
Mas se ele não teve vergonha de fazer uma coisa enquanto ministro e depois apoiar outra coisa quando foi apeado, como é que podemos falar de vergonha de tamanha alimária, doutorada ?